Representantes do Desenvolve-MT, do Banco do Brasil e do Sicredi participaram do primeiro painel do Seminário Indústria Forte, Estado Forte e mostraram aos participantes quais os programas de créditos mais procurados pelos empreendedores e por quais motivos há um alto índice de refração nos processos. O objetivo do encontro, realizado nesta quarta-feira (08), foi estreitar as relações entre agentes de créditos e empresários e colocá-los frente a frente para o esclarecimento de dúvidas.
O evento, organizado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), está sendo realizado no Centro de Eventos do Pantanal durante a Expovarejo e tem as inscrições gratuitas. Ele começou ontem e vai até sexta-feira (10), quando haverá uma programação focada no mercado internacional e na sustentabilidade.
O titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Leopoldo Mendonça, fez a abertura do seminário e na ocasião, fez uma análise de como as indústrias escolhem o local para se instalar. Ela argumentou que as empresas querem acesso a crédito, incentivos fiscais, proximidade das fontes de matéria prima, infraestrutura logística, acesso a tecnologia e ainda mão de obra especializada.
De acordo com Mendonça, Mato Grosso vai demorar muitos anos para ter uma logística satisfatória e competitiva, mas já é fornecedor de matéria prima e com a ampliação da educação técnica, sanará os problemas de qualificação de funcionários.
Outro ponto que favorecerá o estado na competição com os outros estados, argumenta o secretário, é a aprovação das novas regras para o Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic). Com a alteração, o processo de concessão fica mais transparente e com regras de contrapartidas mais claras.
Hoje, a empresa tem que provar que favoreceu a melhoria do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da região. Mas, como comprovar algo que inclui vários fatores e não é calculado pelo estado?”, explica o secretário.
Ele cita que as alterações permitirão uma contrapartida mais numérica. “Podemos exigir que um laticínio comprove o investimento na melhoria genética do rebanho dos pequenos produtores que fornecem insumos para eles, por exemplo”.
Desenvolve-MT
Segundo a representante da Desenvolve-MT, Mayran Benício, muitas vezes as pessoas chegam a instituição pensando que o crédito é imediato e não funciona assim. Ela argumenta que como todo agente financeiro, existem critérios que têm início no entendimento do negócio, nas perspectivas do empresário e na capacidade dele quitar com que for acordado.
Na ocasião, foram apresentados os programas, bem como as taxas de juros. Entre as linhas citadas estavam as destinadas ao capital de giro, investimentos e compra de veículos para quem trabalha com transporte de passageiros. Uma das novidades está o Progestur, que funciona com dinheiro do governo Federal, tem teto de R$ 200 mil e é destinado para as atividades relacionadas ao setor de Turismo.
Banco do Brasil
Já o representante do Banco do Brasil, Eduardo Luna, citou em tópicos o que mais inviabiliza o crédito à pessoa física. O primeiro deles é a falta de compatibilidade entre o valor almejado e o porte do empreendimento, seguido da ausência de recursos próprios. Depois, ele citou as restrições cadastrais, ausência de capacidade de pagamento, insuficiência de garantia e a concorrência acirrada.
Luna lembra que na época da Copa, por exemplo, todos os dias empresas de hotelaria iam ao banco pedir crédito. Em um dado momento, a instituição parou de autorizar por entender que havia no mercado mais estabelecimentos do que a cidade comportava, o que resultaria em uma concorrência canibal.
Sicredi
No caso do Sicredi, a apresentação se concentrou nas diferenças entre uma cooperativa e um banco e ainda na expansão das cooperativas por Mato Grosso. Kelly Freitas falou ao público que o objetivo atual é ampliar a carteira de empresas porque atualmente, a atuação no setor agrícola está fortalecida, tanto que marca acaba associada apenas aos investimentos agropecuários.