Haras foca na genética na produção de animais

 

Criação de cavalos da raça Quarto de Milha com qualidade genética e a produção de animais diferenciados com uso da transferência de embriões. Há cinco anos no mercado da equinocultura, o Haras ZA, localizado em Jaciara-MT, realiza um trabalho diferenciado e focado na melhoria genética da raça. “A qualidade do nosso plantel está no mesmo nível de todo o Brasil e até de outros países”, afirma o criador Luís Guilherme Correa da Costa Amim Figueredo, de 28 anos.

Conhecer novos clientes, trocar experiências e prospectar futuras vendas. Estes são os objetivos que trouxeram o Haras ZA a participar mais uma vez da Semana do Cavalo. O evento acontece entre os dias 24 de maio e 03 de junho, no Parque de Exposição Jonas Pinheiro, em Cuiabá. 

Luís é advogado de formação, mas escolheu criar Quarto de Milha por paixão. Há cinco anos no mercado, ele tem um manejo e um plantel diferenciado. “Eu procuro atender o que o cliente pede, seja um animal diferenciado pela beleza, para o esporte ou até mesmo na tropa de trabalho da fazenda”.

Estudar e estar sempre em busca de conhecimento. Estes são alguns dos ingredientes da receita que torna o Hara ZA diferenciado dos demais. Para se manter atualizado, Luís vai para os Estados Unidos, que é o berço da raça Quarto de Milha, com frequência. Objetivo dele é ver o que há de novidade e o que se pode trazer para o seu haras no Mato Grosso.

Evolução constante – O mercado está sempre buscando mais qualidade. Este é um dos motivos que leva Luís e sua equipe para os Estados Unidos com frequência em busca de novidades. “É o berço da raça. É o ponto de partida de todas as mudanças e evoluções. Sempre voltamos com algo novo para incrementar a propriedade ou o plantel. É, também, nos Estados Unidos que surgem as demandas para animais diferenciados”, conta.

De acordo com o criador, o mercado, neste momento, pede animais exóticos. “São aqueles de olhos verdes, ou azuis e com uma pelagem diferenciada. Temos a oportunidade de fazer um animal lindo para uma criança, maravilhoso para um jovem e fantástico para uma pessoa mais madura”, explica Luís.

Ele garante que o nível genético do Quarto de Milha, em Mato Grosso é o mesmo de criadores de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estes estados são considerados os maiores e melhores criadores desta raça. “Nos últimos dez anos muitos criadores investiram no melhoramento genético da raça. Eu não fiz diferente, investi e sigo buscando mais e mais qualidade na genética”, assegurou o criador.

Estação de transferência - No haras ZA, o período de coleta do embrião, e implantação nas receptoras acontece entre setembro e janeiro. “Como a gestação é de 11 meses, este também é o período em que acontecem os nascimentos”, conta o veterinário mineiro, Guilherme Silva Santos, com 13 anos de profissão, que veio para Mato Grosso e trabalha, exclusivamente, para o Haras ZA.

Guilherme conta que praticamente todo o plantel do Hara ZA é importado. Segundo ele, alguns animais vieram na barriga da receptora, outros com um ano de idade e alguns vieram adultos. “O Luís importou matrizes consagradas nos Estados Unidos”. 

 

Negócio diferenciado – O plantel possui 85 animais, sendo 70 fêmeas reprodutoras. Quando se fala em valores, Luís faz questão de destacar que cada caso é diferente. E que há animais para todos os bolsos. “Os valores de investimento variam de R$ 50 mil até R$ 1 milhão. Depende o que o cliente quer e para que ele vai utilizar o animal. Estes valores podem ser em real ou em dólar. Tudo depende”, explicou.

Cinco anos pode parecer pouco tempo, mas já há animais com a genética do Haras ZA espalhados por todo o Brasil. Eles também já começam a ultrapassar as fronteiras brasileiras. Já tem receptoras em outros países gerando animais do Hara ZA.

História - Luís Guilherme Correa da Costa Amim Figueredo, 28 anos, nascido em Cuiabá, formado em Direito e criador de cavalos há cinco anos. O Haras ZA, localizado, em Jaciara tem como diferencial a qualidade genética e a experiência de produzir animais diferenciados em função de trabalhar com transferência de embriões. 

Luís conta que é apaixonado por animais e que sua família sempre teve fazenda. Ele conta que desde criança gostava do contato com os animais. Assim, Luís foi se apaixonando mais e mais pelos cavalos. Esperava as férias, com certa ansiedade, pois sabia que ia para a fazenda. 

O Haras é uma atividade a mais da família, mas é a “menina dos olhos”, do Luís. Com orgulho conta que tem como parceira a avó, Zely Maria Correa da Costa Amim, de 80 anos. “O nome do haras é uma homenagem para ela”. 

Ele diz ainda que o cotidiano no haras é como se fosse uma terapia. Tem um carinho, um amor especial por cada animal. “É uma terapia. Levanto todos os dias vou ver baia por baia, escovo, dou banho. É uma forma de aliviar o estresse”. 

O veterinário Guilherme acrescenta que ficou impressionado com o cuidado que há com cada um dos cavalos. Ele diz que os animais são alimentados três vezes por dia, tomam banho e são escovados pelo menos uma vez por semana e fazem exercício todos os dias por pelo menos uma hora.