Economia Sábado, 21 de Dezembro de 2024, 09h:40 | Atualizado:

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OPERAÇÃO EASY MONEY

Juiz mantém bloqueado dinheiro de “vítima” em esquema de pirâmide

Os réus pelo esquema chegaram a ser presos, mas já estão em liberdadeiciário Estadual

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, João de Almeida Portela, manteve o bloqueio de R$ 65,8 mil de uma das possíveis vítimas do empresário Danilo Cerqueira dos Santos, alvo da operação “Easy Money”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) em 2021. Ele é suspeito de lavar dinheiro de um esquema de “pirâmide”, que fez diversas vítimas em Mato Grosso.

Em decisão da última quarta-feira (18), o juiz analisou o pedido de uma mulher que disse ter investido R$ 15 mil num contrato de “mútuo financeiro” com a Skyline Investimentos, empresa que pertenceria a Danilo Cerqueira dos Santos, e que era utilizada nas fraudes financeiras.

A vítima alega no processo que realizou um investimento “sob o manto de mútuo financeiro cujo primeiro aporte seria de R$ 15.000,00” com a Skyline, no ano de 2019, e que o valor já teria atingido R$ 64,8 mil. O juiz, porém, lembrou que a empresa é suspeita de crimes financeiros e contra a economia popular.

“O patrimônio afetado pelas medidas assecuratórias tem por objetivo garantir eventual ressarcimento às vítimas, o que confere caráter coletivo aos bens e valores sequestrados, inviabilizando sua liberação isolada sem a devida comprovação de titularidade exclusiva e ausência de conflito com os direitos de outras possíveis vítimas”, explicou o magistrado.

A operação “Easy Money” revelou uma organização criminosa, composta por pelo menos 10 pessoas, que estariam por trás de uma pirâmide financeira. Mateus Pedro Ceccato, presidente da King Prime – organização que prometia lucro mensal de 33,9% em investimentos -, chegou a ser preso em Rondonópolis (216 KM de Cuiabá), mas já se encontra fora da prisão.

Além de Mateus Pedro Ceccato, a justiça estadual também aceitou a denúncia contra sua esposa, Príscilla Dhane Pereira de Oliveira, também chamada de “Primeira Dama”, e que sempre estava “ao lado de Mateus nas publicidades, anúncios, lives e demais vídeos, para captação de vítimas”. Agnaldo Bergamim de Jesus, proprietário da Bentley Investimentos, também é apontado como líder no esquema. Ele apresentava uma “carta fiança” falsa em propagandas, dizendo que ela “garantiria” os recursos investidos.

A lista de réus é completada por Vanessa Fernandes Dutra, esposa de Agnaldo Bergamim, e “diretora financeira” da organização criminosa, Renato Evangelista dos Santos, Aline Lima Malta Evangelista e Vinicius da Silva Siqueira – estes três últimos, responsáveis por “captar os clientes em massa, por meio de vídeos em plataformas como Youtube e Facebook” -, Eduardo Alves Lopes, que atuava no aporte de “elevadas quantias” em dinheiro para a organização, além de Danilo Cerqueira dos Santos, que “lavava” e "distribuía" o dinheiro ao grupo, proprietário da Skyline Investimentos.

O rol dos denunciados é finalizado pelo policial militar Éder de Melo Gonçalves, morador de Cascavel (PR), o “Amigão Eder King”, apontado como o "braço direito” de Mateus Pedro Ceccato. O grupo responde por constituir organização criminosa, crimes contra a economia popular e lavagem de dinheiro.

Os réus que tinham sido presos já foram soltos pelo Poder Judiciário Estadual, com a determinação de cumprimento de outras medidas cautelares. O casal Agnaldo Bergamin de Jesus e Vanessa Fernandes Dutra, que estava foragido, foi preso em fevereiro de 2022 em Campo Grande (MS).

O esquema de pirâmide revelado pelo Gaeco reuniu 40 mil pessoas e movimentou R$ 39 milhões.





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