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Economia Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 11h:35 | Atualizado:

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POLÊMICA DOS INCENTIVOS

MT deixa de arrecadar R$ 12 bilhões em 14 anos, mas cresce mais que "tigres asiáticos"

Mais de 130 mil empregos diretos e indiretos são gerados por empresas beneficiadas

Da Redação

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A Câmara Setorial Temática (CST) dos Incentivos Fiscais, instalada na Assembleia Legislativa, realizou a quinta reunião ordinária na manhã da terça-feira (17). O representante da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), Mauro Sérgio dos Santos, falou sobre os incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) na economia do estado.

De acordo com Mauro Sérgio, o incentivo fiscal tem o objetivo de contribuir com a expansão, modernização e diversificação das atividades econômicas, bem como em investimentos nas inovações tecnológicas, buscando com isso a geração de emprego e renda em Mato Grosso. Em relação ao custo-benefício, ele afirmou que os incentivos concedidos de 2004 até 2017, por meio do Prodeic, foram positivos para a econômica e para o desenvolvimento social de Mato Grosso. “Nesses 14 anos, o retorno econômico do Prodeic foi positivo para o estado”, disse o representante.

Em janeiro de 2018, o estado tinha 681 indústrias inscritas no Prodeic. Desse total, 432 estavam usufruindo dos incentivos fiscais e as outras 249 empresas estavam suspensas. Das 432 empresas que usufruíam do benefício, 154 empresas eram contempladas de forma parcial. Já as empresas suspensas tinham algum débito pendente com o Tesouro do Estado. 

De 2004 a 2017, de acordo com Mauro Sérgio, o Produto Interno Bruto (PIB) girava em torno de 191%. O impacto da indústria no PIB, nesse período, avançou 161%, e com uma expansão de 14%, acompanhando o desenvolvimento de Mato Grosso impulsionado pela Lei Kandir – que incentivou o agronegócio. Já o Prodeic incentivou as indústrias.

Mauro Sérgio disse que o crescimento econômico de Mato Grosso, nesses 14 anos de incentivos fiscais, foi maior que de muitos países dos Tigres Asiáticos (Hong Kong, Singapura, Coreia do Sul e Taiwan). Nesse período, o estado gerou cerca de 31,9 mil empregos diretos e cerca de 100 mil empregos indiretos.

Ele explicou que hoje, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO-2018), existem dois tipos de incentivos fiscais: o não programático e o programático. O primeiro beneficia o consumidor com, por exemplo, isenção da cesta básica; e o segundo, os empresários, com investimentos para desenvolver a economia.

De 2011 a 2017, a arrecadação de ICMS cresceu 83%. “Sabemos que o estado tem problemas de caixa, mas diretamente não se pode culpar a arrecadação. Ela cresce e está desalinhada com as outras unidades da federação. Em 2011, a arrecadação foi de R$ 4,925 bilhões, e em 2017 chegou a R$ 9,049 bilhões. Por isso o incentivo fiscal ajuda a movimentar a economia”, explicou Mauro Sérgio.

Em Mato Grosso, o PIB industrial é da ordem de 14% e contribuiu com 39% da arrecadação total de ICMS do estado. Ele disse que a previsão de arrecadação desse imposto para 2018 é de R$ 13 bilhões. “A indústria ajuda na veia com os cofres do governo para fazer frente aos desafios de despesas, custeios e caixa”, disse Mauro Sérgio.

No ano de 2004, o incentivo fiscal proporcionado pelo Prodeic totalizou R$ 44 milhões. Já em 2017, o valor concedido às empresas e indústrias foi da ordem de R$ 1,4 bilhão. Nesses 14 anos, o valor total de incentivos fiscais chegou a R$ 12,061 bilhões. 

 





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Comentários (12)

  • alexandre

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 16h21
  • Onde gera mais emprego, na usina de cana de açucar em barra do bugres ou em fazenda mecanizada no nortão ?
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  • alexandre

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 16h05
  • Entendo sim, principalmente de contas públicas, isenção fiscal sim, a ponto de quebrar o Estado não, de jeito nenhum, vc como pessoa fisica paga mais imposto que barão do agronegócio, sabe o que é capacidade contributiva ? não sou eu apenas que digo, tem estudos do TCE e fiscais da sefaz, o agronegócio não me beneficia em nada, não comemos só soja e algodão, fetabinho menor que danoninho, quero credito tributário sobre o combustível que pago..
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  • alexandre

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 15h59
  • gera sim , os servidores pagam um absurdo e imposto de renda.. enquanto pra barão do agronegócio, imposto zero...
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  • Contribuinte

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 15h18
  • Geram empregos que pagam salário mínimo! Na verdade o bolo cresce e não é repartido! O PIB de Mato Grosso cresce a taxas superiores a 10% ao ano, mas a renda per capita é de pouco mais que $1.200. A fórmula está errada!
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  • Hermes de Abreu

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 15h03
  • È preciso acabar com a insana guerra fiscal, entre os Estados da Federação! Nesta guerra os aproveitadores fazem chantagens, corrupção, tráfico de influência, e toda sorte de expedientes, para atingirem os seus objetivos que é, não pagarem os tributos devidos, sob o falso discursos de que geram riquezas e empregos, quando na verdade na maioria das vezes só enriquecem, sem nenhuma contra partida.A política de incentivos fiscais, tem que ser uma politica estratégica para atender os interesses do desenvolvimento das regiões e do País.Em Mato Grosso assistimos até a compra pura e simples de incentivos, para enriquecimentos e corrupção, na maioria das vezes, sem gerar empregos, rendas e sem pagar os tributos devidos.É preciso uma reforma profunda e a diminuição da carga tributária sobre o consumo e a produção. Esses é um dos gargalos que precisa ser enfrentado, com racionalidade e coragem.
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  • Gil

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 14h51
  • Servidor público não gera renda, são pagos com o produto de arrecadação de tributos. Quem paga tributo são os particulares, empresas pequenas e grandes.
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  • alexandre

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 14h16
  • na verdade são 50 bilhoes de perda fiscal, conta de padaria: 4,9 bilhoes x 20 anos, volta 500 milhoes de LEI KANDIR, fora PRODEIC de 3,5 bilhoes de isenção...
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  • Orlando

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 13h54
  • Pelo exposto, a equação custo x benefício não se equilibram. O custo social dos incentivos fiscais são elevados. Entretanto, não se pode negar os benefícios sociais. Os maiores benefícios sociais surgirão à longo prazo.
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  • Ant?nio

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 13h45
  • Alexandre, VC não entende nada, claro que máquina agrícola com GPS gera emprego, pois tem um operador da mesma forma que uma sem GPS., apenas é mais qualificado e ganha melhor. Tem cada uma...
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  • Ana VG

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 13h44
  • E cresceu "por causa" dos incentivos? Provem...
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  • Fernado

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 13h32
  • Ainda bem que o Estado de Mato Grosso não arrecadou. Este dinheiro iria para o ralo como todo dinheiro que entra no estado.
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  • alexandre

    Quarta-Feira, 18 de Julho de 2018, 12h12
  • Agronegócio rico, Estado pobre, maquina agrícola, comandada por gps gera emprego ? são ajudados a mais de 20 anos....quem paga impostos é só servidor publico e empresario que não é amigo do rei.
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