Economia Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 08h:05 | Atualizado:

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FETHAB 2

Produtores chamam Governo de "autoritário" por tentar taxar o agronegócio

Empresários do agronegócio vem resistindo em aceitar taxação de commodities produzidas no Estado

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) distribuiu uma nota nesta segunda-feira (7) criticando a iniciativa do Governo do Estado, e de alguns políticos do Poder Legislativo, de cobrar impostos sobre as commodities produzidas pelo agronegócio – soja, milho, algodão, carne in natura etc. Nas palavras da entidade, políticos e setores da sociedade tem discutido a questão de forma “autoritária”.

“A Aprosoja reforça que não aceita a forma autoritária e sem planejamento - como tem sido ventilado via imprensa pelo atual governo -, a cobrança de novos impostos, seja o Fethab 2 ou qualquer outro, por entender que não se trata de falta de recursos, mas sim de má gestão dos recursos públicos, inclusive até a gestão passada”, diz trecho da nota de esclarecimento.

O texto foi distribuído com o título de “nota de esclarecimento” e versa sobre uma reportagem que afirma que “todos os setores envolvidos já teriam sido consultados no período de transição e concordado com a renovação do fundo”. A Aprosoja-MT, entretanto, explica que desde a primeira reunião com o Governador Mauro Mendes (DEM), em outubro de 2018, “se posicionou veementemente contrária à renovação do Fethab 2”. O Fethab 2 foi um fundo estadual suplementado pelo agronegócio e que deixou de existir em 31 de dezembro.

“Desde a primeira reunião com o então governador eleito, Mauro Mendes, realizada no dia 31 de outubro de 2018, a Aprosoja se posicionou veementemente contrária à renovação do Fethab 2 [...] A Aprosoja tem solicitado ao governador e a sua equipe, desde a transição, um plano de ação que demonstre como será feita a aplicação dos recursos, caso o Fethab 2 venha ser renovado, o que ainda não foi feito”, narra a Aprosoja.

A não reedição do Fethab 2 pelo ex-governador Pedro Taques (PSDB) representara uma redução de R$ 450 milhões nas contas do Governo. Os produtores vem resistindo em pagar impostos da soja, milho e demais commodities do agronegócio sobretudo em virtude de uma Lei Federal (Lei Kandir) que anistia o setor do pagamento de ICMS nesse tipo de produto que é exportado.

Enquanto todos os outros setores da economia – salvo exceções -, recolhem o ICMS, a falta do repasse pelos “barões do agronegócio” representa só em Mato Grosso uma perda anual de R$ 2 bilhões em impostos. Confira abaixo a nota de esclarecimento na íntegra.    

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em relação às declarações de representantes do Governo do Estado de Mato Grosso sobre a renovação do Fundo Estadual de Transporte e Habitação 2 (Fethab 2), conforme publicação no Jornal “A Gazeta” desta segunda-feira, 7 de dezembro, onde consta que: “Todos os setores envolvidos já teriam sido consultados no período de transição e concordado com a renovação do fundo”, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) vem a público esclarecer que:

1. Desde a primeira reunião com o então governador eleito, Mauro Mendes, realizada no dia 31 de outubro de 2018, a Aprosoja se posicionou veementemente contrária à renovação do Fethab 2;

2. Ao longo deste período, por inúmeras vezes, a entidade tem se posicionado contrária, conforme publicações na imprensa e também nos canais oficiais da mesma;

3. A Aprosoja tem solicitado ao governador e a sua equipe, desde a transição, um plano de ação que demonstre como será feita a aplicação dos recursos, caso o Fethab 2 venha ser renovado, o que ainda não foi feito;

4. As solicitações foram feitas durante três reuniões por parte do presidente da Aprosoja, Antonio Galvan, participou com representantes da gestão, no entanto, não houve entendimento, como tem sido afirmado por parte dos gestores. Já após a posse, mesmo com inúmeras tentativas, a diretoria ainda não foi recebida para tratar do assunto;

5. Também não houve resposta quanto à forma como a gestão recém empossada pretende fazer o enxugamento e reestruturação da máquina administrativa do Estado anunciada apenas via imprensa, sem dados concretos;

6. A Aprosoja reforça que não aceita a forma autoritária e sem planejamento - como tem sido ventilado via imprensa pelo atual governo -, a cobrança de novos impostos, seja o Fethab 2 ou qualquer outro, por entender que não se trata de falta de recursos, mas sim de má gestão dos recursos públicos, inclusive até a gestão passada;

7. Por fim, diante da forma como vem sendo tratado o tema por parte da atual gestão, a Aprosoja repudia as afirmações de que concorda com a renovação do Fethab 2, assim como torna público que irá tomar as medidas necessárias para evitar que o setor seja prejudicado, por ações anunciadas no afogadilho e na ânsia por solucionar questões que se arrastam há anos e que não compete ao setor ser responsabilizado e sequer saná-las.

Atenciosamente,

Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso

Aprosoja-MT    

 





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Comentários (13)

  • alexandre

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 09h39
  • A sociedade não aguenta mais subsidiar o agronegócio em 6 bilhoes ao ano, 6 bilhoes ao ano, menos saúde , menos educação e segurança, pra manter bolsa barão, como invertem as coisas 20 anos mamando, quando tira o leite o bezerro berra, reclama... pode levar os pés de soja na costas e planta no sertão da Bahia ....indeniza as terras que receberam do Estado..
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  • Roberto

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 09h24
  • Uaiiii estão reclamando do quê??? Elegeram o grupo e agora aguentemmmmm pq o ferro vai ser grande. Já estamos com saudades de Taques.
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  • Roberto

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 09h23
  • Uaiiii estão reclamando do quê??? Elegeram o grupo e agora aguentemmmmm pq o ferro vai ser grande. Já estamos com saudades de Taques.
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  • Rodolvo miller

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 09h15
  • autoritário... é compreensível essa reação por parte da aprosoja, afinal eles estão acostumados a não pagar impostos, a viver as glorias dos negócios de alta sustentabilidade ... e sem custear o peso do Estado. Acabou a manata né... uma hora tem que acabar !
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  • R.P.

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 09h14
  • em 1980/81 foram colhidos os primeiros grãos do soja no MT, são 38 anos que o Estado direta ou indirertamente privilegia com incentivos o segmento do agro-negócio , bem verdade que o setor foi e é fundamental para o crescimento do Estado, entretanto , deve-se pensar em uma forma de se buscar reduzir o desequilíbrio regional, MAS TRIBUTAR NÃO É A MELHOR ALTERNATIVA.......
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  • servidor publico consciente

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 09h14
  • a saída contra esse governo irresponsável e incompetente é todos se unirem para mato grosso não afundar de vez. sou a favor que nossos representantes do funcionalismo publico sentem na mesa com os representantes do agronegócio e trabalhem uma saída para crise no estado e uma estratégia de luta contra as ações e projetos descabidos e absurdos do atual governo. se o funcionário publico se entender com o produtor rural ai o governador do estado vai ter que sentar com esses segmentos e rediscutir uma saida para os problemas do estado sem afetar a galinha de ovos de ouro do estado que é o serviço público e o agronegócio. os produtores rurais também tem que refletir que com o serviço publico forte e o funcionário publico motivado e bem remunerado os projetos e as licenças do governo fluirão naturalmente. vamos ter que deixar de lado algumas diferenças e avançar nesse sentido, superar alguns desentendimentos históricos, caso contrário, o atual governador vai insistir com suas medidas megalomaniacas e ditatoriais, não respeitando nem o servidor publico e nem aquele que produz na atividade agropecuária. não há governo mais forte do que a união entre funcionários publicos e o agronegócio!!!!!!!!
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  • Augusto

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 09h11
  • Vcs da AGRO não entendem que é a sociedade que dá esses 2 bilhões para vcs (na forma da renúncia).
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  • Joao Paulo

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 09h08
  • Tem que taxar sim!!!! Esse povo agro aí só quer saber de explorar!! Tá na hora de devolver pro estado que lhes receberam um pouco da riqueza que fizeram aqui!!
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  • Mario Ferreira da Silva

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 09h07
  • Olha se for para taxar o agronegócio para ussar esses recursos para pagar RGA e progressões de servidores, ai sou contra. A sociedade não aguenta mais pagar impostos e ver esses recursos ser usados apenas para pagar salários de servidores. Queremos saúde de qualidade, queremos educação de qualidade, queremos cultura, lazer. Não queremos servidores ganhando altos salários bem acima da média que o cidadão que desenvolve serviços parecidos na iniciativa provada. Fora com esses marajás
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  • Scot

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 08h55
  • E se deem por satisfeitos pq se fosse um governador serio já tinha mandado para o GAECO os dados da sonegação de exportações que vcs praticam, acobertados pela SEFAZ, com simulação de exportações sendo que estão vendendo tudo aqui no mercado interno sem pagar imposto. Acontece que essas investigações qdo chegam nos barões do Agro tudo para e não dá em nada, só reparar no povo da máfia do fisco que estão aí todos de boa. Basta prender um tubarão do Agro que ele abre o bico com delação premiada, não guenta cadeia
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  • deovaldo

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 08h11
  • Lógico que vão espernear pois a água começou a bater na B.U.N.D.A deles e agora não querem contribuir,,,conversa fiada isso, chega de explorar e não ter retorno, somos um país de DIREITOS APENAS e os deveres não existe...3% sobre o que exporta e 6% sobre o que ficar no Estado .
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  • Sincera

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 08h11
  • PESSOAL, COM TODO O RESPEITO A VOCES PRODUTORES. VOCES APOIARAM UM DITADOR QUE USOU DA MAQUINA PARA PERSEGUIR PESSOAS E O ELEGERAM. VAO TER QUE ARCAR COM SUA PARCELA DE RESPONSABILIDADE, ORAS! LEMBRO QUE ATE O FINAL DE 2014, AS CONTAS DO ESTADO ESTAVAM EM PERFEITA ORDEM E O REPASSE AOS PODERES TAMBEM. SO HAVIA O FETHAB 1, LEMBRAM?? SIMPLES ASSIM. VOCES CRIARAM UM MONSTRO QUE QUASE DESTRUIU O PLANETA E QUEM ATE ENTAO O MANTINHA EQUILIBRADO. AGORA... FAZER O QUE. ESTRAGO DO ESTADO IRREVERSIVEL!!
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  • alexandre

    Terça-Feira, 08 de Janeiro de 2019, 08h09
  • Sociedade chama produtores de pão duro por não querer pagar impostos, em não querer contribuir com o tesouro do Estado de mato grosso, tambem quero isenção de imposto de renda...
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