Economia Terça-Feira, 18 de Março de 2014, 20h:26 | Atualizado:

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Tonhá entra com recurso e diz ter plano 'B' para Megaleilão

 

GD

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O empresário Maurício Tonhá, proprietário da Estância Bahia em Água Boa (703 km a leste da Capital), entrou com recurso contra a decisão de bloqueio de bens de R$ 600 mil e interdição do imóvel. Enquanto aguarda a decisão, a cerca de 1 mês do Mega Leilão, ele garante que a data do evento está mantida e que tem um plano "B" caso não consiga reverter a sua situação.

Caso não haja a possibilidade de uso da estância durante o evento, o empresário planeja a realização dos leilões de forma virtual, via internet. “Estou aguardando a decisão do recurso e caso seja negativo pretendo fazer o leilão online, na mesma data”.

Tonhá ressalta que a medida não interferirá na qualidade do evento, um dos maiores do Brasil, consolidado no calendário do setor. Na última edição, em 2013, o evento movimentou mais de R$ 29 milhões.

O recurso do empresário foi impetrado contra a decisão, em caráter liminar, dada em resposta à ação pública, proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) por suposta prática de degradação ambiental. Conforme a ação, a Estância Bahia funciona há 18 anos no local sem o devido licenciamento ambiental. O MPE alega que as atividades exploradas na estância, em especial a pecuária intensiva por confinamento causam sérios danos ambientais.

O empresário rebateu a afirmação dizendo que na época em que iniciou as atividades não havia licenciamento. Cita o fato de ter firmado, com o prórpio MPE, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), cancelado com a decisão liminar.

O setor agropecuário de Mato Grosso segue apreensivo. Representando mais de 3 mil produtores, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) teme pelo prejuízo de dezenas de pessoas que planejavam a comercialização de bovinos no evento que no ano passado arrecadou quase R$ 29 milhões. Superintendente da entidade, Luciano Vacari ressalta que o evento foi consolidado ao longo dos anos e que a não realização pode resultar em perdas para o setor.

“É uma situação que nos deixa muito preocupados. Um evento da grandeza deste não é programado da noite para o dia. Então há um grande número de produtores que se preparou para comprar e vender bois no leilão e que são diretamente afetados pela decisão”.

Vacari salienta que os preparativos para a participação no evento e as expectativas que ele cria já fizeram com que muitos dos produtores firmassem compromissos. “Tem gente que, sabendo do Mega Leilão planeja arrecadar um valor determinado e muitas vezes já compromete este dinheiro em outros investimentos e agora, não sabe como isso vai ser”.

Acompanhando o evento há vários anos, lembra que os leilões são uma importante ferramenta de balizamento e referência nos preços do setor. “Fora que isso gera uma série de empregos, muda o clima da região que espera todos os anos pelo Mega Leilão”.

O superintendente pontua que não é intenção da associação entrar no mérito da decisão judicial, mas que em nome dos milhares de produtores não há como não se manifestar diante da possibilidade de cancelamento do evento. “A questão do licenciamento ambiental para nosso setor é bastante complicada. Pedimos, em 2008, informações com os termos de referências técnicas e só recebemos este ano, ainda assim sem estes termos”.





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