Peça importante nas investigações sobre o acidente de Michael Schumacher, a câmera portátil que o piloto tinha em sua cabeça quando esquiava pode ter ajudado a causar danos mais sérios. Isso é o que diz o jornal inglês "The Telegraph", em sua edição deste domingo.
De acordo com a publicação, responsáveis pela investigação já trabalham com a hipótese de que a câmera tenha ajudado na ruptura do capacete, o que deixou o alemão muito mais vulnerável às colisões após a queda.
O jornal diz que estão sendo realizados testes com situações similares, e os especialistas da Ensa (Escola Nacional francesa de Esqui e Alpinismo) acreditam que objetos parecidos com a câmera que Schumacher carregava enfraquecem a capacidade de resistência do capacete no momento de choques.
Na próxima segunda-feira, os promotores que tomam conta do caso farão um pronunciamento em que devem divulgar informações mais precisas sobre o caso, quase dois meses depois do acidente que mantém o heptacampeão mundial de Fórmula 1 em coma.
Nesta semana, foi enviado um último comunicado oficial da assessoria do alemão, que está internado no Hospital de Grenoble, na França. Ele diz que Schumi "ainda está em processo para acordar" e que "a família continua a acreditar fortemente na recuperação" de Schumacher, e reiterou a confiança na equipe médica que cuida do alemão. "O importante não é a rapidez da recuperação, mas que o processo de cura de Schumacher seja contínuo e controlado".
Schumacher bateu a cabeça ao cair quando esquiava no fim de dezembro e teve que passar por procedimentos cirúrgicos para cuidar das lesões cranianas. Desde o acidente, a família pediu privacidade aos jornalistas e fãs. Nos primeiros dias, chegou a pedir para que os repórteres deixassem a frente do hospital, algo que foi reforçado pela Associação de Imprensa Alemã.