O Cuiabá apresentou oficialmente o atacante Alisson Safira nesta quinta-feira, em entrevista coletiva realizada na sala de imprensa do Centro de Treinamento Manoel Dresch.
O jogador, que já estreou na vitória sobre o Paysandu, comentou sobre sua chegada ao clube, adaptação ao clima e expectativas com a nova fase na carreira.
- É uma felicidade imensa poder estar aqui representando essas cores do nosso Dourado - disse Safira em suas primeiras palavras.
O atacante falou sobre a mudança da Romênia para Cuiabá e como tem lidado com o calor da capital mato-grossense:
- Saí do frio extremo para o calor extremo como esse, mas não temos muito tempo para essa adaptação. Então, tem que adaptar rápido. É difícil o calor aqui, é bem quente. Mas já estou uma semana, já estou bem acostumado. Minha família ainda não chegou. Na próxima semana eles chegam, também vão sentir muita diferença. Principalmente minha filha. Acho que nunca pegou um calor desse. Mas, com certeza, a gente vai tirar de letra - disse o atleta.
Sobre o retorno ao futebol brasileiro, Safira explicou que a decisão teve forte motivação familiar:
- O que mais motivou assim foi... acho que foi minha filha. Tá crescendo sozinha, longe dos avós, dos tios, longe dos familiares, só comigo e minha esposa. Desde quando ela nasceu, na verdade, eu já estava querendo voltar, mas não era momento certo ainda. E tendo essa possibilidade de vir para o Cuiabá, que é um grande clube, uma estrutura sensacional, acho que juntou a vontade com o desejo do Cuiabá e com a minha vontade de voltar também. Eu acreditei e abracei esse projeto.
Safira também comentou sobre como pode contribuir para manter o Cuiabá entre os melhores ataques da Série B. O Dourado tem 15 gols marcados.
- Vou procurar ajudar o máximo possível com os gols. Tem outras formas também de ajudar, como os companheiros vêm ajudando, com a entrega, dedicação, luta em todo jogo. O mais importante é a vitória do grupo, não é a vitória do Safira, de qualquer outro jogador individual. Aqui a gente é um grupo e vou procurar ajudar o máximo meus companheiros, seja com gol, seja com assistência, seja lutando, seja brigando, seja como for, para que no fim do ano possamos todos comemorar junto o nosso grande objetivo - explicou Safira.
Questionado sobre o que chamou a atenção do Cuiabá em seu futebol, Safira respondeu:
Acho que tive bons anos assim na Europa, principalmente em Portugal. Desde quando cheguei, sempre me destaquei. Fui vendido duas vezes dentro de Portugal. Acho que fiz um bom trabalho. Portugal também é uma boa entrada para a Europa. Tem uma visibilidade muito grande. Creio que todos acompanham o futebol português. Acho que eles vinham acompanhando bastante. Acho que foi isso.
A respeito da integração com o elenco, Safira elogiou a estrutura do clube e o acolhimento dos colegas:
- Tem muito clube na Europa que não tem essa estrutura. Acho que o Cuiabá está à frente de muito clube. Vou até agradecer os companheiros aqui que me receberam muito bem. Isso ajudou muito na adaptação. Fui muito bem recebido aqui dentro do Cuiabá. E o calor também impressionou bastante. Estou realmente feliz de estar aqui, de poder estar de volta. Espero retribuir toda a confiança que o Cuiabá depositou em mim. Trazer muita felicidade para os meus companheiros, para minha família, para os torcedores, enfim, para todos.
Mesmo tendo chegado há pouco tempo, Safira garantiu que está bem fisicamente:
- Não fiquei tempo sem jogar, eu estava em fim de temporada. Estou bem condicionado.
O jogador também se colocou à disposição para atuar em outras posições, se necessário. O Cuiabá Recentemente perdeu duas peças de ataque. André Luiz foi afastado e acertou com o Vila Nova e Pedrinho foi suspenso por 30 dias e está com a situação indefinida dentro do clube.
O clube também vai ter a oportunidade de reforçar o plantel na segunda janela de transferências, que estará aberta do dia 10 de julho a 2 de setembro de 2025. Na janela extra do mundial, apenas Safira foi contratado.
- Boa parte da minha trajetória no futebol, eu joguei muito como extremo, principalmente no Londrina. No meu primeiro ano em Portugal também joguei muito como extremo. Sei fazer a função, sou adaptado na função. Se o professor achar que tem que jogar em extremo, tem que jogar de nove, tem que jogar por fora, o que precisar vou dar o máximo para poder cumprir a função.
Sobre a visão que tinha do clube em 2019, quando enfrentou o Cuiabá, e a que tem hoje, Safira foi direto:
- Eu não conhecia muito. Jogamos contra, eu fui feliz em fazer o gol naquela ocasião. E hoje, todo mundo acompanha o Cuiabá. Todo mundo sabe do potencial do clube, sabe a estrutura, que é um clube sério, um clube que cumpre com seus deveres. Na verdade, nem procurei saber muito, porque um clube que se mantém tanto tempo na Série A assim, com pouco tempo de história, vamos dizer, um clube novo, alguma coisa tem. E aceitei o desafio, acreditei no projeto e estou aí, firme e forte.