Esporte Terça-Feira, 25 de Fevereiro de 2014, 08h:49 | Atualizado:

Terça-Feira, 25 de Fevereiro de 2014, 08h:49 | Atualizado:

ENGEGLOBAL

Empresa é denunciada por trabalho "semi-escravo" em obra de COT

 

Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

Ilustração

roberiogarcia

 Robério Garcia, dono da Engeglobal: currículo de obras problemáticas em MT

O Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego foram acionados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM) que denuncia irregularidades trabalhistas praticadas contra 190 pessoas que atuam nas obras do Centro Oficial de Treinamento (COT) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), construído para atender a Copa de 2014. Presidente do Sindicato, Joaquim Santana afirma que desde o início do mês recebe reclamações dos trabalhadores da obra.

No dia 10 de fevereiro foi realizada uma reunião com a empresa Engeglobal, responsável pelo COT, apresentando os problemas, que não foram resolvidos até a manhã de ontem. Santana afirma que várias irregularidades são cometidas, incluindo o pagamento insuficiente de horas extras, falta de depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), não liberação de vales. Cita ainda que os trabalhadores não contam com número suficiente de banheiros, a alimentação é servida em quantidade insuficiente para atender a necessidade dos funcionários e a água oferecida para beber é apontada como inadequada para o consumo.

Os funcionários denunciam ainda que trabalham diariamente até às 19h, mas o ponto é marcado às 16h. Com isso, não é repassado o valor total das horasextras trabalhadas. “Relataram que alguém da empresa bate o ponto no lugar dos funcionários”. Conforme o sindicalista, a denúncia foi protocolada para que os órgãos competentes fiscalizem o canteiro de obras e verifique as reais condições de trabalhado nesse local. “Não somos contra as obras da Copa e entend-mos que esse não é um momento para fazer greve. Os prazos estão curtos para conclusão dos trabalhos, mas não podemos permitir que uma situação dessa ocorra”.

Na avaliação do sindicalista falta de infraestrutura mínima nos canteiros poderá comprometer o andamento da obra, já que a insatisfação é geral.

OUTRO LADO

O presidente da Engeglobal, Robério Garcia, desmente a denúncia e afirma que cumpre toda a legislação trabalhista. Cita que tem mais de 1,2 mil funcionários e sempre se pautou pelo cumprimento das leis e respeito aos trabalhadores.Frisa ainda que nenhum funcionário tem autorização para bater o ponto do colega e, caso isso ocorra, demitirá o responsável. “Soube da reunião e a empresa vai avaliar o que pode ser melhorado. Mas adianto que não comete-mos irregularidades”.





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia








Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet