Esporte Quarta-Feira, 26 de Março de 2014, 10h:13 | Atualizado:

Quarta-Feira, 26 de Março de 2014, 10h:13 | Atualizado:

Notícia

Gasto de R$ 4 mil faz de antidoping 'artigo de luxo' para clubes; Flu é exceção

 

ESPN

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

Para os clubes, exame antidoping somente se obrigado pela CBF. Essa é a constatação que a reportagem do ESPN.com.br chegou após verificar a realização do controle de dopagem nos 20 jogos disputados até aqui pela primeira fase da Copa do Brasil. O resultado surpreende: por falta de interesse ou mesmo ‘corte' de custos, em apenas um deles o procedimento foi feito, tendo sido deixado de lado em todas as outras partidas.

As chances de um atleta ser flagrado por uso de substância ilícita são praticamente mínimas na largada da segunda competição mais importante do país.

O responsável pela única solicitação no mata-mata foi o Fluminense na derrota de 3 a 1 para o Horizonte-CE, no estádio Horácio Domingos, interior cearense, na última quinta-feira.

Ao todo, o tricolor carioca teve de desembolsar a quantia de R$ 4.386 mil como autor do pedido. Dois atletas de cada time foram sorteados no fim do confronto para recolhimento de material e análise posterior em laboratório.

Por regulamento, a Copa do Brasil não exige que as equipes sejam submetidas a exames em sua primeira fase, ficando a cargo delas optarem ou não pelo teste. Diferentemente do que acontece no Brasileiro, que ameaça até com multa em caso de não cumprimento em todos os seus confrontos, e ainda na Série B, que conta com controle em 75% de seus jogos a cada rodada.

A escolha das partidas na segunda divisão é feita pelo presidente da comissão de dopagem da CBF, Fernando Solera.

"Não foi nada específico. Ninguém achou que tinha nada demais. Normalmente, a gente pede no Carioca, Copa do Brasil e em todos campeonatos que participamos. Para falar a verdade, imaginava que todo mundo fazia o mesmo. Nossa única motivação era assegurar maior lisura em campo", afirma o vice-presidente de futebol do Fluminense, Ricardo Tenório, ao ESPN.com.br.

Segundo levantamento feito pela reportagem, somente três encontros da Copa do Brasil tiveram a presença do controle de dopagem nessa mesma fase em 2013: Flamengo vs Remo, Guarani vs Confiança-SE e Botafogo vs Sobradinho-DF.

O fator financeiro pesa, acima de tudo, para os times com orçamento mais apertado. É o caso do Remo, que tenta se reerguer há alguns anos e acabou eliminado ainda na primeira partida nesta temporada, após goleada de 6 a 1 para o Inter, dentro de casa.

"Não fizemos a solicitação nessa ocasião porque tem esse custo, um custo alto, em torno de R$ 3 a 4 mil que se paga para a CBF. Sou médico cardiologista, sei da importância do exame, mas, como o regulamento não exige, escolhemos não formalizar nenhum pedido", diz Henrique Custódio, vice de futebol do clube paraense.

"Acredito que isso deveria ser incluído em todos os jogos, passar a ser obrigação, como é obrigação a equipe médica na beira do campo e o desfibrilador", completa.

A CBF trabalha nos bastidores para que o procedimento venha a ser adotado em todas as suas competições - nas categorias de base, por exemplo, somente o Sub-20 conta nas semifinais e finais de seus campeonatos.





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia








Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet