Tinga não concordou com a punição imposta pela Conmebol ao Real Garcilaso, do Peru, pelos atos racistas de torcedores na estreia do Cruzeiro na Copa Libertadores da América. O clube terá que pagar US$ 12 mil (cerca de R$ 27 mil) por conta do episódio. O volante, no entanto, crê que penas educativas seriam mais efetivas.
Após criticar o castigo aplicado, o experiente meio-campista sugere outras maneiras de penalizar casos como este. "Essas punições têm que ser melhores estudadas. A melhor maneira seria envolver o clube em alguma questão social por aquilo que aconteceu ou fazer o clube usar durante certas partidas uma camisa com alguns dizeres contra a violência. Acho que isso seria muito mais impactante", declarou o jogador, que ainda pediu mais sensibilidade aos dirigentes sul-americanos.
"Outra opção seria permitir nos jogos seguintes somente a presença de mulheres e crianças no estádio. Falta um pouco mais de criatividade para formular punições mais educativas que deixem um legado, que possibilitam um crescimento a todos como seres humanos", emendou.
Embora tenha feito críticas aos responsáveis pela decisão, Tinga reconhece que a punição é um sinal de que concordam com ele. "Se eles optaram pela pena financeira, é sinal de que concordaram que houve alguma coisa errada. Não seriam os US$ 12 mil ou se fossem 1 milhão ou 2 bilhões que fariam a diferença".