Treze clubes filiados à Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) divulgaram na noite desta quarta-feira (28), uma nota oficial defendendo a realização imediata de eleições para a presidência da entidade. O grupo manifesta apoio à reeleição de Aron Dresch, que encerrou seu mandato no último domingo (26), após oito anos à frente da federação.
Na nota intitulada "Clubes querem Eleições Já", os dirigentes reforçam a necessidade de respeito ao estatuto da entidade, à democracia e à estabilidade institucional. “O futebol exige estabilidade. E a estabilidade só virá com VOTO e respeito às decisões tomadas de forma coletiva”, diz o comunicado. Os clubes criticam a suspensão do processo eleitoral, classificada como injustificada, e pedem a retomada do calendário institucional da FMF.
Os clubes que realizaram a postagem em conjunto nos seus perfis oficiais nas redes sociais foram: Ação, Academia, Cáceres, Cacerense, Operário VG, Chapada, Cuiabá, Dom Bosco, Luverdense, Primavera, Rondonópolis, Sorriso e Uirapuru.
Entenda o caso
A crise institucional na Federação Mato-grossense de Futebol teve início no começo de maio, quando a Justiça determinou a suspensão do processo eleitoral da entidade. A decisão foi tomada pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 4ª Vara Cível de Cuiabá, com base em denúncias de irregularidades no processo, impetradas pela Associação Camponovense de Futebol, clube de Campo Novo do Parecis.
Com a ausência de uma nova eleição e fim do mandato de Aron Dresch no dia 26 de maio, a magistrada nomeou o advogado Thiago Dayan da Luz Barros como administrador provisório da FMF, com a missão de manter a gestão até a definição de nova diretoria por meio de eleições regulares.
A decisão gerou forte reação entre os clubes, que defendem a continuidade da gestão anterior e a realização urgente do pleito. Para reforçar o impasse, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se posicionou nesta terça-feira (27) contra a nomeação judicial e propôs como interventor o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Dahmer Hocsman.
A CBF alegou que, por se tratar de uma entidade privada, a intervenção judicial fere a autonomia do sistema esportivo e compromete a estabilidade do futebol regional. A indicação de Hocsman, porém, ainda não foi acolhida oficialmente pela Justiça.
Clima de instabilidade
A falta de definição sobre o comando da FMF acendeu o alerta entre clubes e dirigentes. Com a Segunda Divisão do Campeonato Mato-grossense e outras competições estaduais previstas para os próximos meses, os clubes temem prejuízos técnicos e financeiros diante da indefinição administrativa.
Neste contexto, os 13 clubes signatários da nota veem na reeleição de Aron Dresch uma solução para a crise e pedem que o processo democrático seja retomado com urgência. O movimento busca pressionar a Justiça e a CBF para viabilizar uma saída negociada e dentro do estatuto da entidade.
Disputa na FMF
A eleição para a presidência da Federação Mato-grossense de Futebol, inicialmente marcada para 3 de maio de 2025, apresentava duas chapas concorrentes aprovadas pela Comissão Eleitoral. A chapa "Progresso no Futebol", liderada por Aron Dresch, então presidente da FMF, buscava a reeleição com os vices Aluísio Bassani, presidente do Luverdense, e Geandre Bucair, dirigente do Dom Bosco. A oposição era representada pela chapa "Federação para Todos", encabeçada por Dorileo Leal, presidente do Mixto SAF, tendo como vices Reydner Souza, ex-presidente do União, e Leomar Lauxen, presidente do Nova Mutum.
Ambas as chapas tiveram seus pedidos de impugnação rejeitados, garantindo a disputa democrática. O colégio eleitoral era composto por 21 clubes e uma liga, com votos ponderados conforme o estatuto da entidade. No entanto, o processo eleitoral foi posteriormente suspenso por decisão judicial e gerou impasse na sucessão da presidência da FMF.
Nota Oficial – Clubes querem Eleições Já
“Nós, clubes filiados à Federação Mato-grossense de Futebol, viemos a público defender o que é fundamental para o futuro do nosso esporte: ELEIÇÕES JÁ.
O futebol se constrói com respeito às regras, ao nosso estatuto, com legitimidade e com a participação ativa de quem está no dia a dia dos gramados, das camisas suadas, dos vestiários, da gestão dos nossos times.
Não há razão para postergar aquilo que já foi decidido: o processo eleitoral precisa acontecer com transparência, legalidade e urgência.
O futebol mato-grossense não pode parar.
Pedimos que a vontade dos clubes seja respeitada. Que o calendário institucional seja retomado. Que o processo democrático siga seu curso.
O futebol exige estabilidade. E a estabilidade só virá com VOTO e respeito às decisões tomadas de forma coletiva.”
Operariano
Sexta-Feira, 30 de Maio de 2025, 10h02Bruno
Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 21h15Miguel
Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 20h43eleitor atento
Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 16h10Octavio Augusto Regis de Oliveira
Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 15h23