Viena é uma cidade cujo passado e presente se igualam a qualquer outra cidade do mundo, principalmente por sua impressionante mistura de cultura e vida pública. Esta grande cidade, mundialmente conhecida por sua arquitetura, arte e música, teve origens surpreendentes. Essas origens são humildes e inesperadas, e é exatamente nisso que nos concentraremos à luz de uma descoberta impressionante. 

O que aconteceu em Viena? 

Arqueólogos descobriram recentemente os vestígios de uma batalha romana até então desconhecida e os vestígios incrivelmente bem preservados de uma força de combate romana de 150 homens. Esses homens eram os operadores militares de elite de sua época, sempre preparados para enfrentar o inimigo e empregar o armamento mais moderno. Mas, em vez de usar a força bruta e tentar impor a mente sobre a matéria, eles eram homens pensantes. Uma legião romana era um foco de discussão, pensamento estratégico e nuances táticas de alto nível. 

Quando os romanos chegaram a Viena? 

A vida de Viena começou no século I d.C. e era conhecida como Vindobona. Uma espécie de posto de parada, o assentamento rapidamente se tornou um importante e amplo quartel militar para legiões itinerantes. Servia a um duplo propósito: como dissuasor de grupos invasores e como um local onde as legiões podiam se reagrupar e se recuperar da batalha. Há também muitas evidências que sugerem que Vindobona era um importante local de treinamento para jovens recrutas. 

O que aconteceu com o quartel? 

Devido à sua localização estratégica, o quartel tornou-se uma vila, seguida de uma cidade baseada no comércio, mas no século V o desastre se repetiu. O outrora omnipotente Império Romano estava dividido em dois e em constante guerra entre si, de modo que as invasões tribais se tornaram cada vez mais frequentes. Os hunos, da atual Alemanha, saquearam a cidade e grande parte dela foi arrasada. Embora tenha se recuperado e retornado à sua proeminência, nunca mais foi vista como um importante posto militar avançado. As tribos invasoras mostraram como atacá-la e conquistá-la de uma forma que gerações anteriores teriam considerado impossível. 

O nascimento da Viena moderna 

Com o desaparecimento das legiões romanas, restou apenas a localização estratégica do assentamento. No século XI, Viena tornou-se um importante centro comercial e a capital da dinastia Babenberg. Mais tarde, tornou-se a capital do famoso Império Habsburgo, que trouxe grande riqueza e poder à cidade em uma escala sem precedentes desde os romanos. A partir daí, muitos de nós conhecemos a história, incluindo os grandes homens e mulheres que deixaram um legado duradouro na cidade. 

O fascinante é que, apesar da história rica desta cidade, ainda há muito a aprender. Por um lado, tanto turistas quanto moradores locais conhecem bem a presença das ruínas das casas do tribunal, e, no entanto, 150 soldados jaziam ali, sem serem descobertos há séculos. O fato de uma batalha sangrenta ter ocorrido dentro dos limites da cidade e ninguém ter deixado um único registro escrito é surpreendente, mas não único. 

O que podemos aprender com a descoberta? 

Gostamos de pensar na história como algo mais do que um registro de quem fez o quê e quando. A história é uma narrativa viva, pulsante e em constante evolução sobre o que realmente significa ser humano. Arqueólogos trabalham incansavelmente no local do sepultamento para datar os restos mortais, buscando indícios da causa da morte ou mesmo tentando descobrir contra quem os romanos lutavam e por quê. É uma parte crucial para enriquecer um evento até então desconhecido para o panorama histórico mais amplo. 

Quando esses tipos de eventos históricos são descobertos em uma região que você conhece e ama, eles podem realmente abrir seus olhos, permitindo que você veja o mundo ao seu redor de uma nova perspectiva. Simplificando, você entra em contato com a história real. Nunca se sabe, mas essa descoberta emocionante pode permitir que você imagine e entenda melhor a cultura deles, como viviam ou, neste caso, as diferentes táticas militares ou jogos que praticavam para enganar o inimigo durante a batalha.