Em clima de festa por participar do primeiro jogo da Arena Pantanal, os 160 voluntários selecionados para participar do evento acompanharam as delegações, ajudaram portadores de necessidades especiais, organizaram a entrada e trabalharam duro para que tudo saísse dentro do planejado. O momento histórico atraiu gente de todas as idades e times que não queriam apenas assistir ao jogo, e sim se empenhar para a estreia do estádio que sediará a Copa do Mundo fosse um sucesso.

Objetivo alcançado, segundo o funcionário público Eugenio Krominski, 62 anos, que fez questão de ser voluntário. O momento não poderia ser mais especial para ele que já conheceu outros estádios, mas nunca havia presenciado de perto um jogo do Santos, seu time do coração. A emoção tomou conta de Eugenio quando a bola rolou e ele garantiu que este é um momento histórico na sua vida e um marco para a Cuiabá. "Para quem não acreditava o estádio esta aqui e muito bonito!", comemorou.

Ser voluntário, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), é dedicar parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades de bem-estar social ou outros campos. Para a professora de Biologia da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Fátima Aparecida, sua experiência na Arena Pantanal foi bem mais que isso. "Estamos aqui para mostrar ao mundo a nossa capacidade de organização, de bom atendimento, de receber os visitantes com carinho e atenção. Ser voluntário é também um exercício de cidadania".

A professora é uma entusiasta do trabalho voluntário em grandes eventos e já perdeu a conta de quantas vezes já participou "dos bastidores das festas esportivas". Ela, que se diz "paulista por acidente e cuiabana de coração", quer estar presente nos quatro jogos da Copa na Arena Pantanal para garantir que todos os torcedores, turistas ou não, sejam muito bem recebidos. "A conclusão da Arena Pantanal para mim é o ápice do evento e a garantia de que as demais obras vão ser concluídas. Para mim é muita emoção participar desta festa".

A paixão pelo esporte e a vontade de ajudar Cuiabá a construir a Copa do Pantanal fez com que mãe e filha se inscrevessem no programa de voluntariado. Beth Rocha, 49, e Samanta Rocha, 22 esbanjaram alegria durante o evento. A vocação pelo esporte vem de família, Beth é campeã brasileira de triathlon nas olimpíadas de Londres na categoria 45 a 49 anos. Samanta segue os passos da mãe e já coleciona medalhas em competições nacionais do triathlon e Taekwondo.

Para Beth este será um dia que vai ficar marcado em sua história. "Não podia ser melhor estar aqui como voluntária ao lado da minha filha. Vou contar para meus netos e meus bisnetos que vim no primeiro jogo da Arena Pantanal", comemorou enquanto ajudava os torcedores a encontrar assento. Mãe e filha garantem que vão estar na Arena Pantanal como voluntárias durante a Copa. "Nem sei explicar como é alegre estar aqui", disse sorridente.

A gerente do Programa de Voluntariado para a Copa, Melissa Catalano, informou que serão selecionados cerca de mil voluntários para trabalhar nos quatro jogos da Copa do Mundo sediados em Cuiabá. "Os voluntários estão sempre prontos a ajudar. Eles ajudam na orientação aos torcedores, na acomodação, fluxo de pessoas, circulação, ajudam pessoas com necessidade especiais. Todo mundo quer participar. Eles são de fundamental importância para o funcionamento do evento e são nosso ponto de referência", explicou.