Sete suspeitos de participação da chacina com 14 mortes na casa de shows "Forró do Gago", a maior chacina do Ceará, foram presos armados na tarde desta segunda-feira (29) em um cemitério em Pacatuba, na Grande Fortaleza. Segundo uma fonte da Secretaria de Segurança do Ceará ouvida pelo G1, o grupo se preparava para matar pessoas que estavam no cemitério.
Ainda conforme a secretaria, os presos são membros da "Guardiões do Estado" (GDE), facção criminosa que comandou o ataque. Dois dos homens foram liberados ainda na noite desta segunda-feira, após ter sido constatado que eles não tiveram envolvimento com a chacina.
Os policiais chegaram aos criminosos após denúncias anônimas. Eles foram identificados como Francisco Cleidson de Araújo, Vitor Max de Freitas, Elias Gadelha, Ronaldo Oliveira e Oliveira Castro. O G1 tenta contato com a defesa dos suspeitos.
Eles foram transferidos para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, em Fortaleza, unidade da Polícia Civil onde se investigam homicídios. A polícia não divulgou se a pessoa velada era uma das 14 vítimas da chacina no clube Forró do Gago, ocorrida no sábado (27).
Com as prisões, chega a oito o número de detidos por suspeita de participação na chacina. Uma pessoa foi presa momentos após o crime. O massacre na casa de shows Forró do Gago, no Bairro Cajazeiras, periferia de Fortaleza. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SPPDS), 14 pessoas foram assassinadas, na maior chacina do estado. Segundo testemunhas, o crime foi motivado por conflito entre facções criminosas que atuam no estado.
Conforme testemunhas relataram a policiais, vários homens armados em três veículos dispararam em que viam pela frente. Entre as vítimas estavam um trabalhador que vendia cachorro-quente em frente ao local e um motorista de Uber que deixava passageiro na festa.
Após a chacina, o Governo Federal afirmou que enviaria uma força-tarefa para auxiliar no combate às facções criminosas que atuam no Ceará. O Governo do Ceará anunciou uma série de medidas para enfrentar o crime organizado, como a criação de um órgão integrado para apurar informações sobre as facções.
O Ceará vem batendo recordes de homicídios. No ano passado 5.134 assassinatos foram registrados no estado, 50% a mais do no ano anterior.
Paulo Sa
Terça-Feira, 30 de Janeiro de 2018, 10h05