A Suprema Corte dos Estados Unidos abriu caminho nesta terça-feira (8) para que o presidente EUA Donald Trump retome cortes em massa de postos de trabalho dentro do governo e em agências públicas federais.
Por maioria, os juízes da Suprema Corte revogaram uma ordem da Justiça de 2ª instância de São Francisco, na Califónia, que havia bloqueado o plano de Trump de demissões em larga escala.
A ideia de demitir funcionários públicos e cortar postos de trabalho dentro da máquina do Estado era uma promessa de campanha de Trump.
Em fevereiro, um mês após voltar à Casa Branca, ele anunciou "uma transformação crítica da burocracia federal". Em um decreto, orientou agências e departamentos do governo a se prepararem para reduzir significativamente a força de trabalho federal e eliminar escritórios e programas aos quais a gestão Trump se opõe.
A juíza que barrou o decreto de Trump, de um tribunal da Califórnia, havia acatado uma limitar apresentada por sindicatos de funcionários, ONGs e governos locais. A magistrada disse ter entendido que o presidente "excedeu sua autoridade" e também ordenou a reintegração de trabalhadores que já haviam sido demitidos.
"Como a história demonstra, o presidente pode reestruturar amplamente as agências federais somente quando autorizado pelo Congresso", escreveu a juíza à época.
Em junho, diante da decisão, o Departamento de Estado recorreu então à Suprema Corte.
De maioria conservadora e com três dos nove juízes indicados pelo próprio Trump, a Suprema Corte fez decisões favoráveis ao presidente norte-americano nos últimos meses e em alguns casos importantes que foram julgados em caráter emergencial.
Desde que começou sua segunda gestão, Trump tem planejado demissões nos Departamentos (equivalentes a ministérios do Brasil) de Agricultura, Comércio, Saúde e Serviços Humanos, Estado, Tesouro, Assuntos de Veteranos, além de dezenas agências estatais.