Mundo Quinta-Feira, 14 de Agosto de 2025, 02h:00 | Atualizado:

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EXTREMISTAS

Dos mais de 1,4 mil golpistas presos, 141 continuam na cadeia

Maioria dos condenados já foi solta, segundo levantamento feito pelo STF

G1

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Dos mais de 1,4 mil presos do 8 de Janeiro e de outros processos relacionados aos ataques à democracia, 141 permanecem na cadeia e 44 estão em prisão domiciliar — parte desses com tornozeleira eletrônica, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Dos 141 que estão na cadeia, 112 já foram condenados por crimes como golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Os outros 29 estão em prisão preventiva aguardando o julgamento — incluindo o general Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro.

Os dados são de um levantamento feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (12) a pedido do g1. Em 8 de janeiro de 2023 e no dia seguinte em frente ao quartel-general do Exército, 1.406 pessoas foram presas em flagrante. Após a realização das audiências de custódia ainda naquele mês, o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos no STF, manteve 942 pessoas presas preventivamente.

A maioria já deixou a cadeia porque cometeu crimes menos graves e, por isso, respondeu em liberdade e já cumpriu a pena. Houve também pessoas que fizeram acordo para se livrar do processo e de uma eventual condenação.

Crimes menos graves

Segundo os dados atualizados, 552 investigados pelo 8 de janeiro assinaram Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com a Procuradoria-Geral da República, homologado pelo STF. Pela lei, o ANPP é possível quando a pessoa é acusada de cometer crimes menos graves, com pena mínima inferior a quatro anos. Esse era o caso da maioria dos presos no acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília, acusados de praticar incitação ao crime e associação criminosa.

Ao fecharem acordo, essas pessoas assumiram os delitos e se comprometeram a cumprir uma série de condições impostas pelo Supremo, como não reincidir, prestar serviços à comunidade e pagar multa de R$ 5 mil. Dos acusados dos crimes menos graves que não assinaram acordo, 359 foram condenados, mas já não estão na prisão. O tribunal informou que 131 ações foram extintas por cumprimento integral da pena.

Crimes mais graves

Já entre os acusados dos crimes mais graves — tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público —, 279 foram condenados pelo Supremo.

As penas chegam a até 17 anos de prisão, dependendo do nível de envolvimento do réu nos atos violentos.

É nesse grupo que estão os 112 que continuam presos em regime fechado. O restante deixou a cadeia, por exemplo, progredindo de regime. Somadas, as condenações por crimes menos graves (359) e por crimes mais graves (279) totalizam 638, de acordo com o Supremo. Houve também dez absolvições ao final dos processos.

A Corte informou que arrecadou quase R$ 3 milhões em prestação pecuniária, um valor pago por condenados como parte da punição e destinado à reparação dos danos causados pelos crimes.

Existem ainda 61 pedidos de extradição de pessoas investigadas pelos atos antidemocráticos, que tramitam em sigilo no STF. Esses pedidos são para que outros países enviem ao Brasil pessoas que fugiram para o exterior.

Menos encarceramento

Na avaliação do advogado criminalista Thiago Turbay, os números mostram que o Supremo "aposta em políticas criminais de desencarceramento", o que para ele é um "avanço civilizatório" que deveria se consolidar, também, em outros casos além do 8 de Janeiro. "Os acordos processuais [ANPPs] distribuem a responsabilidade entre o Estado e aquele que cumpre pena, obrigando ambos a observar as exigências estabelecidas para a concessão do benefício" pondera o especialista.

Turbay destaca o grande número de Acordos de Não Persecução Penal (ANPPs) firmados com a PGR e validados pelo STF, e compara esse instrumento com a anistia, defendida por parlamentares de oposição no Congresso. "Diferente é a anistia, que onera apenas o Estado e a sociedade, dado que desincumbe o anistiado de deveres para com o Estado. É um prêmio quase gratuito. Banalizar a anistia reduz a potência de políticas criminais que visam ampliar o escopo de cooperação, resultando em ações que não produzem ganhos significativos à sociedade", completa o criminalista.





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Comentários (3)

  • Sócrates

    Quinta-Feira, 14 de Agosto de 2025, 07h46
  • Sem anistia para os integrantes e simpatizantes da TRAMA GOLPISTA boisonarista.
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  • Carlos Nunes

    Quinta-Feira, 14 de Agosto de 2025, 07h29
  • Pois é, nessa Narrativa Criativa do GÓPI que não houve, o pior já aconteceu: CLERISTON DA CUNHA, o CLEZÃO, morreu. No futuro as novas gerações indagarão: num Golpe verdadeiro, na certa esse indivíduo foi abatido a tiros...devia ter muitas Armas. Responderão: que nada...nesse GÓPI não teve revólver nem fuzil nem metralhadora nem canhão. A mais armada foi uma Mulher com BATOM. O CLEZÃO MORREU porque, coitado, não conseguiu ser liberado pra tratamento médico quando mais precisava. Quem não liberou? Esse nome será marcado no maior atentado à Declaração Universal dos Direitos Humanos. Não liberar uma pessoa pra tratamento médico quando mais precisava É DESUMANO PRA BURRO. No fundo, no fundo, o CLERISTON DA CUNHA é o nosso SERGEI LEONIDOVICH MAGNITSKY tupiniquim. Tio SERGEI foi injustiçado e morto. A viúva e as filhas órfãs do CLEZÃO esperam justiça. Vai dar pra fazer um novo filme AINDA ESTOU AQUI - Parte 2.
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  • Carlos Nunes

    Quinta-Feira, 14 de Agosto de 2025, 07h09
  • Pois é, que GÓPI? A teoria do GÓPI já derreteu igual asfalto no gelo. A Narrativa Criativa do GÓPI não se sustenta mais. Diversas personalidades brasileiras derrubaram essa teoria. O primeiro foi nosso Ministro da Defesa, tio MÚCIO, que afirmou e reafirmou: não houve tentativa de Golpe nenhum...houve sim PURO VANDALISMO por parte de alguns. GOLPE É GOLPE. VANDALISMO É VANDALISMO. São 2 coisas diferentes. Exemplos: teve um idiota que derrubou o Relógio. Derrubar Relógio não é GOLPE... É VANDALISMO. Tio XANDÃO deu pra pobre coitada da tia DÉBORA, a cabeleireira, pena de 14 anos. Pra ele, tia DÉBORA, a Mulher do BATOM, é um perigo. Poderia abalar os pilares da Democracia...o tal Estado de Direito...a República inteira. Tio FUX deu pra tia DÉBORA pena de 1 ano e seis meses...pena correspondente a VANDALISMO leve. Enquanto tio XANDÃO viu GOLPE, tio FUX viu Vandalismo light. Quem tá certo? Tio FUX é óbvio. Qualquer um com 2 neurônios funcionando, sabe que tia DÉBORA é insignificante pra dar qualquer Golpe. Jamais daria. Pra finalizar, no Youtube tem o vídeo do ex-presidente do Supremo, MARCO AURÉLIO DE MELLO, "STF não tem competência para julgar Arruaceiros do dia 8, diz Marco Aurélio de Mello." Esse tem certeza que, o que houve no dia 8 foi só uma imensa ARRUAÇA... VANDALISMO. A Narrativa Criativa do GÓPI não convence ninguém. Mulher com BATOM dar GOLPE É PIADA. Ou não?
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