Pedro Paulo Barros Pereira Júnior, 54 anos, foi condenado a 40 anos de prisão pelo assassinato da ex-mulher. A corretora Karina Garofalo foi morta a tiros em agosto de 2018, na porta de um condomínio, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, enquanto caminhava com o filho.
Após 15 horas de julgamento, o corpo de jurados reconheceu que o crime foi cometido por motivo torpe “com emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, “praticado por razões de ser a vítima do sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar”, e “cometido na presença do descendente tanto da vítima quanto do próprio réu e que possuía apenas 11 anos de idade, no momento em que caminhava de mãos dadas com sua genitora”.
Segundo os autos, o crime ocorreu por vingança contra a vítima em razão das disputas judiciais que incluíam a divisão de bens e por questões relacionadas ao filho do casal. Karina foi atingida na cabeça e morreu no local.
De acordo com testemunhas, os disparos foram efetuados por Paulo Maurício Barros Pereira, primo de Pedro Paulo, acompanhado de Hamir Feitosa, que vinha monitorando a vítima. Hamir foi condenado a 30 anos em março de 2023, mas faleceu em decorrência de um câncer. Paulo Maurício e Pedro Paulo Barros Pereira, ex-sogro da vítima e acusado de ser o segundo mandante, aguardam a realização do julgamento.
O juiz Thiago Portes Vieira de Souza, que anunciou a sentença, ressaltou que o crime foi “foi meticulosamente premeditado pelo réu”, tendo trabalhado “psiquicamente a conduta, planejando modo de execução, álibis e janela de oportunidade adequada para ceifar a vida da vítima”.