O Hamas, que controla a Faixa de Gaza e está em guerra com Israel, informou, nesta quarta-feira (9/7), que concorda em libertar 10 reféns israelenses em seu poder se isso possibilitar um acordo de cessar-fogo. O anúncio foi feito após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmar que as discussões sobre a proposta com o presidente dos EUA, Donald Trump, focaram na libertação dos reféns.
Em um comunicado, o Hamas alegou que, as negociações, estão “difíceis” devido ao que classificou como “intransigência” de Israel.
Trégua anterior
Em janeiro deste ano, Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo após mediação de Catar, EUA e Egito.
A expectativa era que o plano de paz fosse implementado em três fases. Na primeira delas, ocorreu a troca de reféns sequestrados pelo Hamas por prisioneiros palestinos que estavam em prisões israelenses.
A segunda fase do cessar-fogo seria negociada a partir de março, mas foi suspensa, pois o governo de Israel não cumpriu o que havia sido acordado e exigiu uma extensão da primeira etapa e a libertação de todos os reféns que ainda estão em Gaza.
Com isso, Israel intensificou os ataques contra a Faixa de Gaza.
O grupo afirmou que as negociações, conduzidas pelos mediadores do Catar e dos Estados Unidos, enfrentam diversos pontos de discordância, incluindo o pedido de ajuda humanitária e a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza. Eles pedem também as “garantias genuínas de um cessar-fogo permanente”, segundo o canal árabe Al Jazeera.
A declaração foi feita após o segundo encontro entre o primeiro-ministro Netanyahu e Trump, no qual eles discutiram a prioridade de resgatar os israelenses sequestrados.
“Nos concentramos nos esforços para libertar nossos sequestrados. Não desistimos disso nem por um momento e isso é possível graças à pressão militar exercida por nossos corajosos soldados”, alegou Netanyahu.
Ele também se reuniu com o vice-presidente dos EUA, James David Vance.
O presidente dos Estados Unidos afirmou que um cessar-fogo na Faixa de Gaza pode ocorrer ainda nesta semana ou na próxima.