O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou em uma rede social, nesta quarta-feira (11), um apelo à comunidade internacional e à Organização das Nações Unidas em prol das crianças na zona de conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
No comunicado, Lula afirma:
que "crianças jamais poderiam ser feitas de reféns" e devem ser libertadas – tanto as israelenses reféns do Hamas, quanto as palestinas com suas mães na Faixa de Gaza;
que é "urgente uma intervenção humanitária internacional" e um cessar-fogo na região;
que o Conselho de Segurança da ONU se juntará aos esforços para a interrupção do conflito.
"Quero fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que, juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio", diz a mensagem.
"Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra", prossegue.
Lula afirmou que o Brasil, à frente da presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, "se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito".
O presidente brasileiro passou por cirurgias no quadril e nos olhos no fim de setembro e ainda cumpre período de duas semanas de repouso absoluto e sem aparições públicas. Desde então, Lula tem se manifestado apenas pelas redes sociais e pela comunicação oficial do governo.
Lula, Hamas e o conflito
Foi a primeira manifestação de Lula que mencionou o grupo terrorista Hamas, responsável pelos ataques a civis que tiveram início no sábado. Até o momento, dois brasileiros tiveram as mortes confirmadas por conta do ato terrorista.
Segundo o blog do Valdo Cruz, aliados do presidente defendem uma crítica pública mais contundente ao Hamas.
No sábado, em uma rede social, Lula disse ter ficado "chocado" com os "ataques terroristas" contra civis em Israel, expressou condolências às vítimas, mas não mencionou o Hamas na publicação.
Na oportunidade, o presidente chamou a comunidade internacional para conduzir uma negociação de paz capaz de garantir a "existências de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados'.
Lula mandou 25 milhões ao Hamas?
Quinta-Feira, 12 de Outubro de 2023, 10h07Carlos Nunes
Quarta-Feira, 11 de Outubro de 2023, 19h09