A pandemia de coronavírus está em um momento de queda em quase todo o Brasil. A média móvel de mortes por Covid-19 está diminuindo em 21 das 27 unidades federativas (UF). Além disso, em 13 delas o indicador está no mesmo nível do verificado entre as duas ondas da doença, momento com a menor mortalidade desde que a Covid se estabeleceu no país.
Para definir se a tendência é de queda, são levados em conta indicadores que estão pelo menos 15% menores do que os registrados há duas semanas. Isso considera o tempo de incubação do novo coronavírus e segue a recomendação dos especialistas de se comparar a média móvel do dia com a de 14 dias atrás. As oscilações no número de mortes ou de casos em até 15% para mais ou para menos caracterizam invariabilidade.
No Distrito Federal, por exemplo, com queda de 9,91% nas mortes em relação à média de duas semanas atrás, a tendência é de estabilidade.
Para que essa tendência de queda seja mantida, “é muito importante a vacinação em massa da população brasileira”, explicou o médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro.
“Somente após duas doses é que estamos protegidos realmente de adquirir a Covid-19, com exceção do imunizante da Janssen, que é de dose única”, lembrou. Mesmo com a vacinação, prosseguiu o especialista, é necessário ainda manter medidas que diminuem a circulação do vírus.
“Quanto mais nos prevenirmos a circulação do vírus na comunidade, vamos ter maior sustentabilidade nessa redução do número de casos de Covid”, frisou. Essas medidas incluem o distanciamento social e o uso de máscaras, entre outras.
Caso contrário, prosseguiu, não está descartado o risco de uma terceira onda. A variante Delta, mais transmissível, aumenta essa preocupação. “Essa nova variante, a Delta, ela vem preocupando o mundo inteiro pela sua alta transmissibilidade. A gente começa a ver esses casos aumentarem no Reino Unido, por exemplo, e isso pode levar sim a uma terceira onda”, exemplificou.