Uma paciente foi vítima de um erro médico irreversível no estado de Barinas (Venezuela). Flor María Corredor, de 83 anos, teve a sua perna direita amputada por engano, em cirurgia feita no Hospital Dr. Luis Razetti. Nesta sexta-feira (30/5), o Ministério Público do estado informou que prendeu três pessoas acusadas do erro médico, identificadas como Marcial Rodríguez, Tibisay Camacho y Génesis Ramírez.
A idosa chegou ao hospital por conta de complicações no seu pé esquerdo, decorrente de um quadro de diabetes. Ela continua internada, aguardando a intervenção cirúrgica para a perna correta, segundo o jornal venezuelano El Nacional.
"Quando nossa mãe saiu da cirurgia, vimos imediatamente que sua perna, que estava bem, havia sido amputada. Chamamos os médicos, mas não havia nada que pudessem fazer. Por isso, fomos às autoridades", relatou o seu filho, Jesús Carriazo.
O órgão público afirmou que o prejuízo causado pelo erro é irreparável. O artigo 416 do Código Penal venezuelano estabelece uma pena de 3 a 6 anos de detenção para quem causar “uma doença mental ou física, certamente ou provavelmente incurável, ou a perda de qualquer sentido de uma mão, pé, fala, capacidade de engravidar ou o uso de qualquer órgão”.
"Usando sua condição de médicos, eles realizaram uma cirurgia em Flor Corredor e, por engano, amputaram sua perna direita, causando danos irreparáveis", disse o procurador geral Tarek William Saab, em entrevista ao mesmo veículo.