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DEBANDADA

PSDB pode perder seu único governador e mais 30 prefeitos

Primeiro a se desfiliar foi Eduardo Leite, governador do RS

O GLOBO

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Com a filiação de Eduardo Leite (RS) ao PSD na sexta-feira e a migração de Raquel Lyra (PE) para o mesmo partido em março, o PSDB se vê cada vez mais esvaziado e ainda pode perder o seu único governador, Eduardo Riedel (MS). Discreto, mas atento às movimentações, o tucano tem sido alvo de sondagens tanto do PSD quanto do PL, e seu futuro político está em aberto. Na mesma toada, o grupo político de Leite no Rio Grande do Sul, que inclui 30 prefeitos, foi incentivado pelo governador a acompanhá-lo em sua nova sigla.

Riedel já foi convidado, nos bastidores, pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, a ingressar na legenda. Paralelamente, o governador recebeu propostas no Partido Liberal. Uma reunião com dirigentes do partido de Jair Bolsonaro foi marcada para o próximo dia 21, e a expectativa é de que Valdemar Costa Neto, presidente nacional da sigla, esteja presente.

Apesar do convite do PL, interlocutores próximos a Riedel avaliam com cautela essa possibilidade. Com uma base ampla que vai do PT ao próprio PL, a avaliação é de que o governador de Mato Grosso do Sul não teria motivos para se vincular de forma direta ao bolsonarismo, o que poderia atrapalhar futuras alianças. A imagem de moderação e equilíbrio tem sido uma das marcas de sua gestão.

Fusão naufragou

Por ora, não há previsão de anúncio oficial. Riedel embarca nos próximos dias para uma viagem aos Estados Unidos, onde deve se reunir com investidores. Segundo aliados, qualquer definição deve ocorrer apenas após seu retorno ao Brasil.

Enquanto isso, a permanência no PSDB parece cada vez menos viável. Assim como Leite, Riedel aguardava a fusão entre o PSDB e o Podemos como uma tentativa de reestruturação da sigla. A expectativa era de que a nova legenda pudesse formar uma federação com partidos de maior presença nacional, como Republicanos ou MDB. No entanto, esse cenário perdeu força nas últimas semanas: o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, já descartou publicamente essa possibilidade, e, embora ainda haja diálogo com o MDB de Baleia Rossi, as chances são vistas como remotas.

No Rio Grande do Sul, o possível movimento dos prefeitos do grupo de Leite rumo ao PSD pode acabar com um dos últimos redutos de influência da sigla no país. No mês passado, em entrevista à Rádio Cultura, o vice-prefeito de Erechim, Flávio Tirello (PSDB), antecipou que todos os tucanos seguiriam o governador gaúcho, caso ele trocasse de partido:

— É importante salientar que é um movimento coletivo, de todo o PSDB gaúcho e de todas as nossas lideranças. A única brincadeira é que nosso presidente municipal, Wallace Soares, diz que vai ficar só para apagar a luz e fechar a porta. Na hora que fizermos um movimento de saída, faremos todos juntos.





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