O PSOL protocolou nesta segunda-feira (7) nova representação contra o deputado licenciado André Vargas (PT-PR) na Corregedoria da Câmara dos Deputados para que seja aberta uma investigação. O partido informou ainda que vai entrar amanhã com uma representação no Ministério Público.

A sigla pede que sejam apuradas as denúncias envolvendo Vargas e o doleiro Alberto Youssef, preso em março pela Polícia Federal por suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões.

O partido já havia entrado com uma representação, que acabou sendo rejeitada pela Secretaria-Geral da Mesa Diretora sob o argumento de que não apontava fatos específicos.

O PSOL, então, refez a representação alegando que o próprio Vargas admitiu, discurso proferido da tribuna, ter usado avião emprestado do doleiro e que considerava ter sido "imprudente" e um "equívoco".

No documento, o PSOL também cita as conversas, reveladas pela imprensa, entre Vargas e o doleiro que indicariam "negociatas e possíveis fraudes em processos administrativos". A legenda quer que sejam apuradas ainda as denúncias de Vargas teria atuado junto ao Ministério da Saúde para favorecer empresa de propriedade de Youssef.

Se acolhida a representação, a Corregedoria irá apurar os fatos e realizar um parecer a ser submetido à Mesa Diretora, que poderá instaurar um processo por quebra de decoro no Conselho de Ética, que pode resultar até na perda de mandato.

O PSOL informou ainda que o líder do partido, Ivan Valente (SP), conversou pelo telefone com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que disse que tomaria decisão ainda hoje sobre o assunto.