Mundo Terça-Feira, 18 de Março de 2014, 12h:15 | Atualizado:

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Reino Unido suspende todas as licenças de exportação de armas para a Rússia

 

UOL

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O Reino Unido decidiu suspender todas as licenças de exportação de armas para a Rússia após o presidente Vladimir Putin defender a declaração de independência da Crimeia, afirmando ao Parlamento russo que leis internacionais não foram transgredidas.

Segundo a "BBC", toda a cooperação militar com a Rússia será suspensa, incluindo a exportação de armas, conforme disse ao Parlamento britânico, nesta terça-feira (18), o secretário de Relações Exteriores, William Hague.

Exercícios navais entre Rússia, França, Reino Unido e Estados Unidos foram suspensos.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que "novas medidas" devem ser tomadas contra a Rússia pela comunidade internacional se as tensões na Ucrânia não se acalmarem. O porta-voz oficial do premiê disse que uma redução nos ânimos inclui que as forças russas retornem às suas bases e que a Constituição da Ucrânia seja respeitada.

"Os passos dados pelo presidente Putin hoje na tentativa de anexar a Crimeia à Rússia estão em flagrantes violações da lei internacional e de enviar uma mensagem desestimulante através do continente europeu", disse o premiê britânico. "É completamente inaceitável que a Rússia use a força para mudar fronteiras, com base em um falso referendo realizado sob o cano de uma arma russa", criticou Cameron.

A chanceler alemã, Angela Merkel, também condenou a ação da Rússia de incorporar a Crimeia a seu território. "A admissão da Crimeia pela Federação Russa vai contra a lei internacional", afirmou Merkel.

Assim como a líder alemã, o presidente de França, François Hollande, afirmou que "condena" as ações da Rússia.

"A França não reconhece os resultados do referendo (...) nem a anexação dessa região ucraniana à Rússia. A próxima reunião do Conselho Europeu, entre os dias 20 e 21 de março, deve proporcionar a oportunidade de uma resposta europeia forte e coordenada ao obstáculo que acaba de ser pulado", afirmou o presidente francês. 

"O presidente Putin não deveria ter dúvidas de que a Rússia irá enfrentar mais consequências sérias, e eu pressionarei os líderes europeus para que concordem com futuras medidas da EU quando nos encontrarmos na próxima quinta-feira", disse o primeiro-ministro britânico sobre a reunião do Conselho Europeu.  

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Sergei Aksyonov, desaprovou o reconhecimento da Crimeia como um "Estado soberano" pela Rússia e afirmou que a assinatura do decreto de aceitação da Crimeia "nada tem a ver com a democracia ou o senso comum". E que o discurso de Putin "mostrou claramente o quão real é a ameaça russa ao mundo civilizado e à segurança internacional".

"A Ucrânia e todo o mundo civilizado nunca reconhecerão [a] anexação da terra ucraniana", disse o presidente em exercício da Ucrânia, Oleksander Turchynov, segundo informações da agência Interfax à BBC. 

"A liderança política da Federação Russa está tentando anexar parte da Ucrânia", afirmou Turchynov durante uma reunião no ministério da Defesa. "Esse é um passo muito perigoso (...), não apenas contra a Ucrânia, mas também contra a Europa e todo o mundo". 

O presidente dos EUA, Barack Obama, já convidou líderes do G7 para uma reunião na próxima semana com o objetivo de discutir futuras ações na Ucrânia. 

O vice-presidente Joe Biden acusou a Rússia de uma "flagrante violação da lei internacional" na Crimeia. Biden afirmou que a Rússia fez uma "descarada incursão militar", "aumentou as tensões étnicas" na Ucrânia e está realizando um "ataque contínuo à soberania ucraniana". 

O norte-americano alertou sobre mais sanções por parte dos EUA e da UE contra a Rússia se o processo de anexação da Crimeia tiver continuidade.

Até o momento, os EUA determinaram proibição de viagens e o congelamento de ativos no país de 11 russos e ucranianos, enquanto a UE impôs tais sanções contra 21 pessoas. 





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