Opinião Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 13h:03 | Atualizado:

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Mário Quirino

A eleição do Papa Leão XIV ensina sobre conexões

 

Mário Quirino

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Você já imaginou prever quem seria o novo Papa com base em conexões sociais? Pois foi exatamente isso que um trio de pesquisadores da Universidade Bocconi fez – e acertou! Mas calma, essa história não tem nada a ver com profecia. Tem a ver com algo que você, eu e todo mundo que valoriza bons relacionamentos deveria entender: ciência de redes.

A eleição do Papa Leão XIV (Robert Prevost) foi analisada por Giuseppe Soda, Alessandro Iorio e Leonardo Rizzo, que usaram um método sofisticado, mas com um raciocínio simples: quem está bem conectado tende a estar em posições de poder. Simples e poderoso assim.

A Igreja é uma grande rede de networking. O Colégio dos Cardeais foi tratado como o que ele realmente é: uma rede de relacionamentos. Eles mapearam três tipos de vínculos: relações formais, como participação em comissões e cargos no Vaticano. Linhagens espirituais, quem consagrou quem (quase como uma genealogia de confiança) e Laços informais, amizades, afinidades ideológicas e influência nos bastidores.

Com isso, criaram um “mapa invisível” das conexões de poder. E foi ali que Prevost apareceu como um nome forte, mesmo não sendo o mais falado pela mídia.

Por que ele? Porque está onde importa

Três fatores explicam o destaque de Prevost na rede: status (centralidade de autovetor), ele não conhecia “qualquer um” — suas conexões eram com outros líderes influentes, em termos simples, ele estava perto de quem decide. Controle da informação (intermediação), era uma ponte entre grupos diferentes dentro da Igreja, isso dá poder a quem facilita o diálogo — algo essencial em ambientes polarizados. Capacidade de coalizão, ele tinha influência direta, conexões confiáveis e conseguia unir lados distintos, ou seja, confiável e diplomático ao mesmo tempo.

E o que o networking no Vaticano tem a ver com você? Tudo. O que aconteceu por lá se repete diariamente no mundo dos negócios, da política e até no seu grupo de networking: quem você conhece importa, quem conhece você importa ainda mais. E como você conecta pessoas entre si pode te colocar numa posição única. Você não precisa ser o mais famoso da sala. Precisa ser aquele que faz as conexões certas acontecerem.

Lições de networking que o Conclave nos deu de presente

Mude seu olhar, sua rede é um mapa de oportunidades. Visualize quem está ao seu redor — onde estão os hubs, os pontos de conexão fortes? Onde existem buracos, espaços que poderiam ser preenchidos com novas relações? Aposte na qualidade, não apenas na quantidade. Ter cinco conexões de peso vale mais do que 500 contatos que mal se lembram de você.

Seja uma ponte, conecte pessoas que ainda não se conhecem, mas que deveriam. Isso gera valor e te posiciona como alguém essencial. Equilibre laços fortes e fracos — os primeiros te sustentam, os segundos abrem novas portas. E, acima de tudo, construa confiança. O capital social nasce da entrega, do tempo e da autenticidade. Relações genuínas levam mais longe. Porque, no fim, quem está bem posicionado na rede, chega mais longe.

O estudo de Bocconi mostra que não é só no LinkedIn que conexões importam. No Vaticano também. E na sua vida, principalmente.Networking não é sobre trocar cartões. É sobre ocupar posições estratégicas em redes de confiança. E você pode — e deve — aprender a se posicionar melhor nelas.

Se até a escolha do Papa pode ser lida como um movimento de rede, imagine o que você pode conquistar se entender a sua.

Mário Quirino é especialista em Desenvolvimento Humano e Diretor Executivo do BNI Brasil em Mato Grosso.





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Comentários (2)

  • Citizenship

    Sexta-Feira, 30 de Maio de 2025, 09h57
  • O pretenso teólogo e vaticanista Carlos Nunes tem que ser muito estrábico para ter a coragem de criticar o Papa Francisco. Certamente, seu cristianismo é herege, mas baseado em versões que a Igreja rejeitou há mais de mi e quinhentos anos, talvez anteriores ao Concílio de Nicéia, em que plenitude tanto da divindade quanto da humanidade de Cristo foi definitivamente assumida como base do dogma cristão. Quem pretender um cristianismo preocupado unicamente com um "reino espiritual" demonstra nunca ter sido minimamente formado na catequese cristã. Mais uma bobagem desse pretenso "cristão" tão humilde que julga-se apto a julgar quanto o Papa Francisco foi fiel à ortodoxia teológica em seu compromisso a justiça social, com os direitos humanos e com a sustentabilidade ambiental.
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  • Carlos Nunes

    Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 16h14
  • Pois é, tomara que o Papa Leão XIV seja melhor do que o Papa Francisco. Papa, em primeiro lugar, tem que cuidar do Reino Espiritual. Francisco decepcionou, dando muitas declarações infelizes, que na certa O Bom DEUS reprovou todas. Numa homilia, de repente veio com uma declaração,: DEUS NÃO EXISTE. Nunca poderia ter dito isso, de forma alguma. Noutro momento, descreveu que carregava consigo, sempre duas coisas e mostrou: 1 rosário pra rezar o terço & um livrinho. Inesperadamente abre o livrinho e revela: trata-se a Via Sacra...e diz: este é o Fracasso de DEUS. ABSURDO ISSO. Como se o Sacrifício de Nosso Senhor JESUS CRISTO, da condenação por Poncio Pilatos até a Crucificação fosse Fracasso de DEUS. Teria NOSSO SENHOR JESUS CRISTO fracassado? Essas conversas sem pé nem cabeça do tio Francisco deixaram a desejar. JAMAIS poderia ter dito isso. Quem costuma dizer tudo isso é o Anticristo, que nega a existência de DEUS e diz que NOSSO SENHOR JESUS CRISTO fracassou.
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