Opinião Segunda-Feira, 17 de Março de 2014, 17h:34 | Atualizado:

Segunda-Feira, 17 de Março de 2014, 17h:34 | Atualizado:

Louremberg Alves

A falácia

 

Louremberg Alves

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Louremberg

 

Os bastidores da política são recheados de especulações, de possibilidades e de plantações de notícias. E, em meio a estas, e até por conta delas, que as vontades são manifestadas.

Vontades que são veiculadas pelos meios de comunicação, nos sites, blogs e, muitas vezes, transformadas em assuntos da roda de conversas nos botequins. Outro dia, por exemplo, alguém falou do interesse de vereadores saírem candidatos às vagas da Assembleia Legislativa. 

A prosa que, àquela hora da noite, caminhava para o seu final, foi reanimada. Três dos presentes tomaram conta do papo, com cada um deles se posicionando favorável ao parlamentar ‘A’, ao ‘B’ e ao ‘C’, enquanto os demais - com exceção de um - se fizeram de espectadores. 

Aquele pequeno espaço do botequim, então, transformou-se em um palco, onde os interesses de alguns se entrelaçavam aos de outros, e os destes, pior, eram vendidos como se fossem de toda a sociedade. Eles só faltaram dizer que as necessidades dos munícipes são os motivos que levam os vereadores a pleitearem as vagas de deputados estaduais. 

São, na Capital, nove, os quais pensam em formar uma frentinha com o fim de elegerem ao menos um representante. Intenção que mexeu com parlamentares de três ou quatro municípios. São quatro de Várzea Grande, dois de Cáceres, três de Rondonópolis e dois de Barra do Garças. 

Parece até que a mosca azul despertou neles o desejo pelo poder. A esta altura, o (e) leitor deve estar se perguntando: qual o interesse por trás dessa vontade enorme de trocar a Câmara Municipal pela Assembleia Legislativa? Indagação pertinente. 

Mas, antes de respondê-la, carece ser dita uma coisa: toda pessoa tem o direito de ser candidata a um dos cargos eletivos, cujas exigências e o de estar gozando dos direitos políticos e esteja filiado a um partido por no mínimo um ano. 

Os vereadores, portanto, estão aptos a disputa. Acontece, porém, que eles têm demonstrado, em suas respectivas Câmaras Municipais, um desempenho bastante abaixo do esperado. Assim, não trazem, na bagagem, o certificado de terem apresentado um projeto de alcance social ou de interesse da população. 

Isso significa que o único motivo que os fazem disputar uma cadeira no Legislativo estadual e/ou no federal é, unicamente, o desejo pessoal. Até porque um vereador tem enorme vantagem sobre o parlamentar estadual. Isso porque se encontra bem próximo das realidades do Município e dos munícipes, e, por conta disso, apresenta maior possibilidade de ajudar, de contribuir com a população, com a cidade. 

É falaciosa a ideia de que como deputado poderá ajudar mais. Não se justifica, então, a saída dos vereadores para a Assembleia Legislativa ou para a Câmara Federal, a não ser a vontade pessoal, a vaidade e o desejo pelo poder. Apenas isso.

LOUREMBERGUE ALVES é professor universitário e articulista político





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