Opinião Segunda-Feira, 10 de Março de 2014, 08h:24 | Atualizado:

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Mário Marques de Almeida

A internet e as eleições

 

Mário Marques de Almeida

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As redes sociais, que já mostraram recentemente nas manifestações de ruas pelo país afora - com ênfase nos grandes centros urbanos - seu poder de mobilização, deverão ter sua influência colocada à prova nas eleições deste ano no Brasil. Bem mais do que aconteceu em pleitos anteriores e quando essa participação no processo de convencimento do eleitorado foi tímida. 

Lá nos Estados Unidos, na primeira eleição de Obama, em 2008, os microblogs e as páginas individuais ou de comunidades da web foram decisivas para eleger o presidente da nação mais poderosa do mundo. Já aqui no Brasil, na última eleição, o efeito dessas ferramentas virtuais fez-se sentir, mas não ao ponto de interferir no pleito de forma decisória. O que não significa que essa realidade não possa ter mudado. 

Aliás, no entender deste jornalista, que assina a coluna, mudou, e muito! A partir da constatação de que somente em Mato Grosso, baseados principalmente em Cuiabá e nas cidades-polos do Estado, existem grupos que interagem na rede com mais de 100 mil seguidores no Facebook – o portal preferido pela maioria da geração “online”, composta também por pessoas entre 16 e 24 anos de idade. 

Pessoas que, obviamente, além de se comunicar em tempo real entre si mesmas, também votam. São jovens que podem estar mais focados em outros conteúdos que não políticos e, diante disso, usem a rede para bater-papo ou namorar, falar de baladas e “babados” ou simplesmente marcar encontros. Mas, ao contrário do que possa se pensar, esse alheamento a questões políticas, necessariamente, não significa “alienação” – apenas desinteresse pelo tema, que é chato. 

No entanto, nada impede que essa juventude plugada nas redes sociais não possa ser “despertada” nestas eleições. Exemplos não estão faltando: recentemente, uma brasileira, de apenas 23 anos, que mora nos Estados Unidos, criou um vídeo onde solicita que as pessoas não participem da Copa do Mundo – e elenca os seus motivos para essa conclamação de boicote aos jogos e eventos do Mundial de Futebol -, que já ultrapassou cinco milhões de seguidores. 

Na rede é assim, tudo é instantâneo, mas precisa ter legitimidade para interagir, pois se existe bicho desconfiado é internauta. 

Isso vale de alerta para marqueteiros e outros gurus que acham que as redes sociais engolem com a mesma facilidade “fantasias” produzidas para o horário da propaganda eleitoral gratuita, nas TVs e rádios, e se metem a criar paginas com conteúdos para endeusar políticos que os assalariam. E postam como se fossem criadas espontaneamente por seguidores. 

Desmitificar isso é tão fácil como acender o “rastilho da pólvora”: basta um garoto ou garota se interessar pelo assunto, que propaga na hora! 

Mário Marques de Almeida é jornalista em Cuiabá 





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