Opinião Quarta-Feira, 12 de Março de 2014, 18h:52 | Atualizado:

Quarta-Feira, 12 de Março de 2014, 18h:52 | Atualizado:

Gabriel Novis Neves

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Gabriel Novis Neves

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Gabriel Novis

 

Quando Franco Montoro, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, entre outros, deixaram o MDB - depois PMDB - que era uma frente de oposição ao governo militar, fundaram o moderno partido da social democracia, que dominava a Europa pós-guerra.

Com o impedimento do Presidente Collor, assumiu o seu posto o mineiro Itamar Franco, símbolo da ética neste país.

Itamar sempre militou no MDB e PMDB, e herdou um final de mandato dos mais desastrados, tanto pelas atuações do Imperador do Maranhão, perpétuo homem forte de todos os governos nesses últimos cinquenta anos, quanto pelas ações do seu malogrado antecessor Collor.

Para exercer o cargo mais importante do seu governo, que enfrentava uma inflação de 80% ao mês, convidou um dos fundadores do PSDB – Fernando Henrique Cardoso.

FHC implantou o Plano Real e controlou o impossível, a inflação. Concomitantemente, ações de austeridade extrema foram observadas.

Essas medidas, que colocaram o Brasil no caminho do desenvolvimento, fizeram do Ministro da Fazenda de Itamar o legítimo candidato à sua sucessão.

Por duas vezes consecutivas FHC foi presidente desta nação, eleito em primeiro turno, ganhando, em ambas às vezes, do metalúrgico.

Deixou o país com um modelo de desenvolvimento que foi seguido pelo seu sucessor, que convocou Henrique Meirelles, ex-banqueiro internacional e deputado federal tucano por Goiás, para cuidar do Banco Central, com total autonomia.

Em pouco tempo o partido de FHC tornou-se majoritário. Aqui em Mato-Grosso o nanico partido do Paulo Ronan, Luiz Soares e Kamil, virou o partido da unanimidade.

O governador Dante de Oliveira, do PDT, transferiu-se no meio do seu primeiro mandato para o PSDB, tornando-se quase imbatível. Em 2002, traído pelas pesquisas, terminou sendo derrotado para o Senado. Seu candidato a governador também foi derrotado pelos ventos da renovação.

Apesar de derrotado majoritariamente, inclusive, para Presidente do Brasil, os tucanos ganharam na terra do agronegócio e elegeram um terço dos deputados estaduais, facilmente cooptados pelo governador vitorioso. Coisas do poder...

Apesar do emagrecimento que a ausência do poder causa em nações onde não se faz política por ideologia, o partido da social democracia lançou candidatos ao governo do estado e senatoria, fornecendo palanques aos seus candidatos à presidência, derrotados sempre no 2º turno.

Nestas eleições, embora o partido possua um candidato competitivo a disputar a presidência, o diretório do nanico partido de FHC e Dante, resolveu apoiar um candidato a governador que, no plano federal, faz oposição ao seu candidato Aécio e apoia a candidata da inflação e crise energética.

O partido sem cabeça (chapa majoritária) entregará à oposição mais de dois minutos preciosos no rádio e na TV.

Só queria entender essa preferência pela janelinha, quando podia ocupar a direção do ônibus.

Está claro nessa manobra que alguém ganhou e alguém perdeu.

Como seria boa uma explicação do ainda presidente do partido, que tem um pré-candidato a candidato e não se manifesta.

Partido de garupa vira partido de aluguel e perde o foco principal - a conquista do poder.

 





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