Opinião Terça-Feira, 25 de Março de 2014, 08h:53 | Atualizado:

Terça-Feira, 25 de Março de 2014, 08h:53 | Atualizado:

Eduardo Póvoas

Copa: a escolha

 

Eduardo Póvoas

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Eduardo Póvoas

 

No dia 30 de outubro de 2007, a FIFA confirmava o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, até então disputada também pela Argentina e Colômbia.

Perdemos a oportunidade de, no dia 31 de outubro desse mesmo ano, irmos para as ruas e protestar veementemente para que o Presidente Lula (ou qualquer outro que estivesse ocupando o cargo), não aceitasse de maneira nenhuma nossa indicação para ser a sede do maior campeonato de futebol do mundo.

"Se a caneta da Presidência da República estivesse na sua mão, você teria a coragem e o saco roxo de impedir que a copa fosse realizada aqui? Fale a verdade!" Deveríamos desse dia em diante, caso o Presidente aceitasse e desse o sinal verde para se realizar aqui o evento, irmos para as ruas, quebrar vidraças e caixas de bancos, colocar fogo nas lixeiras, arrebentar tudo que estivesse na nossa frente para demonstrar o nosso repúdio por esse ato do Presidente.

Por que não agimos assim nessa época? Por que esperamos tanto tempo para agir se sabíamos que nosso país não tinha as mínimas condições de realizar o evento? Por que ficamos de braços cruzados se tínhamos a certeza de que, com a Copa, a roubalheira seria desenfreada? Por que nessa época o povo não foi para a rua pedir que essa grana toda fosse investida na saúde, na educação e em segurança publica que nos falta?

Agora que “mateus é morto” reivindicar o que? Demonstrar durante o evento que somos “selvagens” como o povo do primeiro mundo assim considera? Claro que não, agora é receber os visitantes que por aqui aportarem demonstrando a alegria e hospitalidade do povo brasileiro. A hora de protestar já se foi.

A grana que tinha pra ir pro ralo tambem. Nem em outra geração se verá vestígio dela.

Mas venha cá, fale sem paixão ou ódio politico. Responda com o seu coração, não por gostar ou não gostar de fulano ou cicrano.

Se a caneta da Presidência da República estivesse na sua mão, você teria a coragem e o saco roxo de impedir que a copa fosse realizada aqui? Fale a verdade!

Teria você à coragem de impedir a realização de uma copa do mundo em um pais de 200 milhões de habitantes onde 190 milhões são apaixonados e “doentes” pelo esporte?

Se você fosse o Presidente, teria a coragem de no dia seguinte ao assinar o ato negando o apoio para a realização do mesmo, sair de casa sem segurança e dar um “rolezinho” na rua?

Se sua resposta foi SIM em todos os tópicos, tenha certeza de que você está super preparado para ser presidente de um país do tamanho de Livramento, com milhares de torcedores de Rúgbi, de Boxe, de MMA, de Tênis e de bolita, menos de futebol.

Teria coisa nenhuma, passamos todos “batidos” como se diz na linguagem da cacheta. Ninguém que estivesse no cargo teria essa coragem. 

Desafio todos os políticos deste país (àqueles que gozam de boa saúde mental), se tem, pelo menos um que nessas condições teria coragem de rechaçar a realização da copa por aqui. Alguns podem dizer que sim pra fazer média, mas como não tenho detector de mentiras, não custa fingir e acreditar....

EDUARDO PÓVOAS é pós-graduado pela UFRJ





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Comentários (1)

  • Marcelo

    Terça-Feira, 25 de Março de 2014, 10h40
  • Prezado Eduardo. Por que você não liderou um movimento no dia 31 de outubro de 2007? Você teria saco roxo de fazer isso à época? Vi em outras colunas a sua raiva por conta das declarações de um jornalista dizendo que o estádio seria um elefante branco, e, em nenhum momento naquele seu discurso você disse ser contra a realização da copa em Cuiabá, muito pelo contrário, despejou raiva sobre o jornalista que estava falando mal da escolha e não da cidade ou estado, vejamos o trecho do seu artigo: \"Sabe perfeitamente que um evento dessa envergadura não é medido se a cidade tal ou a cidade y tem ou não futebol. Não é medido se a cidade x ou a cidade z tem ou não times na primeira divisão. Tem como uma de suas finalidades um evento da envergadura de uma Copa do Mundo, proporcionar que a cidade escolhida receba “forçosamente” ajuda do governo central em obras que ficarão como legado das três ou quatro partidas lá realizadas\". Você teria saco roxo de concordar com o jornalista? E agora, o senhor vem querer falar que devíamos ser contra a Copa naquele momento? Me parece oportunista da sua parte, agora, falar sobre isso.
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