Opinião Sexta-Feira, 09 de Agosto de 2024, 14h:04 | Atualizado:

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Pedro Paulo Peixoto

Dia do Advogado: nada a comemorar

 

Pedro Paulo Peixoto

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O Dia do Advogado, que acontece em 11 de agosto, deveria ser uma data de celebração e reflexão sobre a importância dessa profissão essencial para a justiça e a democracia. No entanto, diversos acontecimentos revelam uma realidade profundamente preocupante. Infelizmente, temos pouco ou nada a comemorar.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil tem se mostrado pateticamente subserviente ao Supremo Tribunal Federal. Em vez de atuar como uma entidade independente e crítica, que deveria defender os interesses da advocacia e da sociedade, tem se alinhado cegamente às decisões do STF sem a mínima contestação. Essa postura compromete a credibilidade da instituição e destrói a nossa confiança.

O Provimento 222/2023 do CFOAB, também conhecido como "Provimento da Mordaça", é um exemplo claro disso. Uma tentativa de silenciar a Advocacia. Esse provimento absurdo, antidemocrático, impede os Advogados de se manifestarem livremente, cerceando a liberdade de expressão e impondo restrições desproporcionais, indo na contramão da própria Constituição Federal. Ao invés de proteger o direito à livre expressão da Advocacia - que tanto lutou para o Brasil ter esse direito - a OAB parece estar mais interessada em controlar e limitar nossas vozes, indo contra os princípios democráticos que deveria defender.

Já a seccional da OAB em Mato Grosso está triturada. O que antes estava acomodado em uma só “panela”, não aguentou a pressão das brigas internas e “entornou”, transformando-se em dois grupos, “duas panelas” divididas, porém com o mesmo conteúdo.

Para complicar um pouco mais, a Advocacia está cada dia mais em desvantagem em relação ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, quando constitucionalmente temos a mesma importância. A falta de paridade de forças, potencializada por essa OAB fraca, compromete nossa atuação e prejudica a defesa da sociedade. A desvalorização das nossas prerrogativas é um reflexo dessa OAB omissa e subserviente, que precisa urgentemente retomar seu posto.

Mas nem todos estão insatisfeitos. Alguns poucos celebram. Enquanto a maioria dos Advogados fica à margem da Ordem, sem o apoio necessário, outros deitam, rolam, se beneficiam e abusam da instituição. A OAB, que deveria ser a Ordem dos Advogados do Brasil, parece ter se transformado na Ordem "de Alguns" Advogados do Brasil, privilegiando poucos em detrimento da maioria. Na verdade, a sensação que temos é de que a OAB parece se lembrar de nós apenas na hora de cobrar a anuidade. Essa postura fria e mercantilista distancia a OAB de sua missão original e contribui para a insatisfação generalizada entre nós.

Já passou da hora de renovação e mudança. A advocacia precisa se levantar e manifestar seus direitos, exigindo uma instituição que realmente represente nossos interesses e defenda nossas prerrogativas. O Brasil precisa de uma OAB forte, independente e comprometida com a justiça. A Advocacia precisa dessa OAB. E a OAB, colega Advogado e Advogada, precisa de você, para ser essa instituição que todos desejamos e merecemos. Assim, quem sabe em um futuro próximo, possamos celebrar o 11 de agosto da forma como gostaríamos.

Pedro Paulo Peixoto Jr, é advogado, professor universitário, presidente do IAMAT (Instituto dos Advogados de Mato Grosso) e líder da oposição à atual gestão da OAB/MT





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Comentários (7)

  • Jayme

    Segunda-Feira, 12 de Agosto de 2024, 22h45
  • Com certeza esse Moraes postou um comentario sem entender absolutamente nada do artigo. Não saberia nem de longe a diferença entre o titulo academico de "doutor" e do titulo de doutor atribuido aos advogados tratados na biblia como doutores da lei. Somos doutores sim por direito e tradição, independentemente de qqer curso de doutorado. Ha um artigo mto esclarecedor a respeito escrito pelo saudoso advogado dr Julio Cardella. Va procurar se informar a respeito Moraes pra nao sair por aí dizendo besteiras.
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  • Dr. Carlos

    Segunda-Feira, 12 de Agosto de 2024, 21h29
  • infelizmente a nação está repleta de boçais como esse Moraes, tenho a certeza de que um indivíduo desse sofre de grave recalque. Não deve ter grau cultural suficiente para fazer 5 anos de faculdade e depois prestar exame de Ordem. Enfim, somente para esclarecimento, a palavra doutor, animal, não tem nada há ver com doutorado. É um título dado por D. Pedro aos advogados. Mas acredito que vc não deva saber quem é D. Pedro. Fica a dica, estude, procure saber das coisas antes de ladrar besteiras.
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  • Josafá Jorge de Sousa

    Domingo, 11 de Agosto de 2024, 15h23
  • Muitas críticas, nenhuma sugestão, nenhuma atitude! Esse, sim, o grande problema da advocacia no Brasil!
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  • Moraes

    Domingo, 11 de Agosto de 2024, 11h30
  • Sinceramente ? Fodam-se ! Bando de reacionários ! A grande maioria se acha "Doutores" ! Não são doutos e nem tem doutorado ! Bando de Zé ruela !
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  • Isaias Miranda - jesus meu tesouro !

    Domingo, 11 de Agosto de 2024, 05h27
  • Quem não deve não teme! Mato Grosso campeão do Agro. O fim está próximo. Deus é fiel!
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  • Lucia

    Sábado, 10 de Agosto de 2024, 20h07
  • É, infelizmente, essa é a verdade
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  • Celso

    Sábado, 10 de Agosto de 2024, 00h36
  • E pensar que a Ordem dos Advogados do Brasil foi fundamental na redemocratização do país, depois 21 anos de ditadura militar.
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