Você já procurou dialogar com algum petista ou ideólogo da esquerda a situação do Brasil administrado por Dilma Rousseff? Se a resposta for sim, tenho a convicção de que sua avaliação crítica gerou como resposta a acusação de ser um defensor do PSDB, da ditadura militar e contrário ao desenvolvimento socioeconômico do país.
Aos adeptos dos ideais de esquerda, a crítica é incabível. Movidos pela intolerância e sede de poder, são capazes de romper o próprio discurso em defesa de interesses particulares. Tomemos, pois, como exemplo, o Partido dos Trabalhadores, que o tempo veio a mostrar ser a encarnação perfeita dos bichos de George Orwell. Alçado ao poder pelo discurso da ética e igualdade social, hoje é o partido que mais oferece lucros a bancos e empreiteiras, protagonizou escândalos infindáveis em busca de um projeto perpétuo de poder e sufoca a classe trabalhadora com sua política econômica um dia inimaginável. Ora, só se faz ajuste fiscal quando se está desajustado, o que revela o desequilíbrio das contas públicas e pelo resultado de políticas paliativas de aumento ao consumo de eletrodomésticos e automóveis relegando em último plano a aprovação de uma reforma tributária. Sim, meu caro trabalhador, enquanto quem ganha R$ 2 mil mensal tem que arcar com imposto de renda, IPVA e outros, dono de helicóptero e lancha não paga nenhum imposto pela propriedade. Em 12 anos, o PT jamais ousou em tornar a cobrança tributária mais justa, sequer abordou o imposto sobre grandes fortunas, por isso mesmo seus ideais são tão falsos como produtos das organizações Tabajara.
Mas, aos esquerdistas, a culpa é da crise internacional ou de grupos políticos oponentes que desejam a desestabilização para assumir o poder. O aperfeiçoamento é algo que não lhe faz parte. Daí, se percebe a incrível capacidade de justificar a incompetência a teses de conspirações associada ao discurso da divisão. Trava-se a existência de uma luta do rico contra pobre, do militar contra o civil, da multinacional contra a nacional e assim vai se consolidando uma semidemocracia promovida a base do subdesenvolvimento institucional com o aparelhamento político partidário de empresas públicas para atender a fins não republicanos, vide escândalo da Petrobras, e o aparelhamento do Judiciário como estratégia grosseira de evitar punições criminais.
Discutir redução da maioridade penal? Nem pensar. E fica o alerta: antes de discutir as ideias aqui expressas com algum petista ou esquerdista, não tenha dúvida de que você será chamado de “coxinha, reacionário e neoliberal”.
RAFAEL COSTA é repórter do Diário de Cuiabá
Alexandre
Terça-Feira, 26 de Maio de 2015, 16h35Evandro
Terça-Feira, 26 de Maio de 2015, 15h31Geraldo
Terça-Feira, 26 de Maio de 2015, 13h02Alex
Terça-Feira, 26 de Maio de 2015, 12h39