Opinião Terça-Feira, 11 de Agosto de 2015, 08h:18 | Atualizado:

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Rafael Costa

Faculdade da vida

 

Rafael Costa

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Quando atingimos a experiência na fase adulta, é natural olharmos para trás e verificar o que foi feito de errado e o que poderia ser refeito em nossa vida. E não foi diferente comigo em maio deste ano ao completar 30 anos. E após analisar tantos acertos e desacertos, o que me chama atenção é que a empresa onde trabalhei e menos ganhei dinheiro na vida foi a que me oportunizou conhecer as pessoas mais incríveis da minha vida. Todas autoras das mais belas histórias de superação. E também as mais repugnantes, como prova de que o bem e o mal caminham lado a lado, mas o asco é tão elevado que não vale a pena citá-las nominalmente. Para essas, só cabe torcer pelo perdão divino.

Meu primeiro emprego foi aos 16 anos no Mc Donalds em Cuiabá, no Shopping Goiabeiras, espaço ocupado atualmente pelo Restaurante Serra.  Mais experiente, não tenho dúvida em afirmar que ali vivi dias intensos de aprendizagem profissional e de sabedoria de vida com diversos funcionários que ali passaram. Um ambiente onde a união e solidariedade fazia a diferença. Embora a remuneração mensal fosse inferior a um salário mínimo, a quantia representava muito para adolescentes que aos 16 anos já sentiam o peso de contribuir financeiramente em casa diante da profissão precária dos pais. E isso não diminui ninguém de tamanho. Pelo contrário, apenas enobrece.

Foi ali também que tive um dos episódios mais marcantes da minha vida. Demitido em 30 dias por falta de adaptação, fui readmitido no dia seguinte pelo então gerente operador responsável pela minha demissão, Welington Rodrigues. A partir deste episódio me superei e sai da empresa após 18 meses e rejeitar uma promoção de cargo. Em relação a Welington Rodrigues, que faleceu em julho aos 40 anos por efeitos do câncer, o considero um pai fraternal que Deus colocou em meu caminho para me ensinar a ser o homem e profissional que sou atualmente. Um amigo, irmão, pai e agora, por vontade de Deus, um herói.

Tantas histórias conhecidas, tanta aprendizagem que não é exagero classificar a experiência que tive ali como "Faculdade da Vida". E passados mais de 10 anos, quero agradecer a todos que ali me relacionei e que mantive amizade. E que nestes percalços da vida que ora nos mantém próximos e ora distantes, espero que saibam que acima de tudo são amigos eternos e referências em aprendizagens da vida pessoal e profissional.

Welington Rodrigues, Luciane Ricaldi, Dhyennis Oliveira, Edmar, Jucinei, Alessandro Silva, Andreia Pereira, Lucélia, Danival Brum, Leodécio Junior, Benedito da Silva, Heuly Greig, Cleber de Moraes, Gustavo “Cupimba”, Edebrandes Teixeira, Gilliard dos Santos, os irmãos Jozezito e Joilson e tantos outros.

Rafael Costa é repórter do Folhamax e do Diário de Cuiabá

 





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