Guia (não) oficial para escolher seu candidato

 

Eleições chegando e período de campanha eleitoral foi oficialmente aberto. No fim desse mês começa a propaganda em rádio e TV. Para você não ser pego de surpresa, aqui vai um guia dos principais tipos que irão pedir o seu voto – se quiser coisa melhor, vai ter que mudar pra Dinamarca.

Candidato Socialista de Iphone – aquele que defende o socialismo, o comunismo, Cuba e Venezuela, chamando todos para a revolução e postando as mensagens revolucionárias no Twitter, por meio de seu iphone.

Candidato Ex-jogador (ruim) em atividade – aquele que já devia ter se aposentado, pois já está há muitos anos na política sem fazer nada de útil para sociedade, só dando despesa, estando bem próximo da senilidade. Por ser difícil largar o osso (a mamata) ainda quer concorrer a algum cargo público.

Candidato Corajoso do Mobral – não sabe falar e nem escrever, mas tem coragem de se candidatar. São eleitos, igualmente, por eleitores que desconhecem o básico de política, conceito de república ou de ética e estão “possuídos” pela ideologia perniciosa que seguem.

Candidato Fã de Fidel e Che Guevara – candidato raivoso que chama todo mundo de fascista e nem sabe o que é o fascismo. Seus eleitores são aqueles que querem fazer uma revolução de dentro do apartamento, tomando Toddynho.

Candidato Justiceiro – aquele que é réu em tantos processos na justiça quanto número de eleitores, ou seja, milhares.

Candidatos Lacradores – aqueles que só sabem lacrar, atendendo uma parcela específica do eleitorado, aquela que se informa de assuntos importantes pelas redes sociais, notadamente Facebook, Twitter e tia do Zap.

Candidato Festeiro de São João – aquele candidato que adora participar de uma quadrilha, inclusive é essa associação que impulsiona sua candidatura. Alguns são os líderes, outros, parceiros fiéis. Não importa. O importante é participar.

Candidato S.A. – aqueles que fazem sociedade anônima com seus assessores, repartindo “socialisticamente” o salário. Mas apenas o salário dos assessores, as populares rachadinhas. Essa característica abrange candidato de todos os espectros, desde a extrema-esquerda até a direita.

Candidato Condenado – aqueles candidatos que foram condenados pela justiça de primeira instância, mas por causa de brechas jurídicas nada republicanas, conseguem se candidatar. Mas o mais espantoso disso, são as pessoas que votam nesses candidatos, que conseguem se eleger até para presidente.

Candidato Linguiça – candidatos que só servem para encher o partido para cumprir cotas e abocanhar nacos do fundo eleitoral, mas que não tem nenhuma proposta efetiva e nem a menor chance de ganhar. Às vezes, nem sabem que estão concorrendo ou querem concorrer, mas emprestam o nome por uns trocados.

Candidato com Alzheimer – esquece tudo que falou e prometeu durante a campanha. Aliás, esquece até que existem eleitores. Milagrosamente, fica curado às vésperas de uma eleição.

Candidato Fashion-Week – aquele que investe muito na roupa, notadamente no terno ou no paletó. Afinal, vai saber quando vai aparecer na TV em rede nacional?

Candidato Maria-vai-com-as-outras – aquele que não tem carisma, não tem ideia, não tem nem vergonha, mas pensa que pode se eleger colando sua imagem no ladrão ou no bozo.

Desempregado – aqui se encaixam todos aqueles em fim de carreira que não dão mais certo em seus respectivos empregos e tentam se eleger, apenas, com base na suposta fama adquirida – nesse caso se incluem ex-atletas, ex-atores, ex-palhaços, ex-juízes, ex-religiosos, ex-militares, ex-cônjuges, influencers cancelados... etc.

Num país onde devemos escolher entre os menos piores, temos que festejar que, pelo menos, ainda vivemos em uma democracia.

Eustáquio Rodrigues Filho – Cristão, Servidor Público e Escritor. Autor do livro “Um instante para sempre”