Opinião Segunda-Feira, 19 de Agosto de 2019, 08h:46 | Atualizado:

Segunda-Feira, 19 de Agosto de 2019, 08h:46 | Atualizado:

Gisele Nascimento

Não é jurídico, nem autoajuda

 

Gisele Nascimento

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Não é autoajuda, visto que por hora não detenho de conhecimento autônomo para isso. São 23hs da noite de quinta-feira do dia 15 de agosto de 2019, e eu estava estudando direito previdenciário (uma das áreas que advogo), porém parei porque senti vontade de escrever este artigo e vou compartilhar com vocês, em meio a muitas dúvidas entre publicar ou não, pois não sou coaching, nem personal influencier, muito menos ainda formadora de opinião. Neste momento redijo o que sinto e o sentir verdadeiro, ao meu ver, deve ser partilhado, pois ele pode somar. 

Sempre fui adepta da leitura, e com o passar dos tempos ela foi se tornando hábito, faço porque gosto, porque me traz paz e prazer. Nesse mundo literário tenho descoberto um mundo de muito glamour, lido com um verdadeiro império todos os dias. 

Ultimamente, tenho lido muitas coisas voltadas para a conquista do equilíbrio interior, da descoberta do EU, e confesso, que a cada dia me sinto mais encorajada para buscar mais e mais acerca de descobrir essa personalidade íntima que tanto constrói, mas que também destrói, ou seja, o EU. Quem sou?

Tenho enfrentado situações pessoais sombrias que me fizeram colocar a carruagem para andar. Acho que cansei de ser estranha comigo mesma. Preciso descobrir quem sou, o que busco. A leitura tem me permitido avançar de forma sólida nessa busca. Todos buscamos algo não é mesmo? 

Osho diz que devemos ser egoístas, que primeiro somos nós, depois os outros, e isso deve ser aplicado em todos os campos da vida, diz ele. Concordo em parte. Ele defende inclusive o desapego pelas coisas, pelas pessoas, pelo sentimento e pelo amor. Será?  A mim, isso causa medo.

Por esse mundo de linguagem até agora trilhado, tenho presenciado sérias afirmações no sentido de que viver não é fácil, visto que a vida a todo instante nos chacoalha e nos dá safanões, mas todos afirmam de forma uníssona, que viver vale muito a pena.  

Sim, viver é mágico. Respirar é magico, sorrir e mágico. A vida é um encanto! Todavia, devemos estar atentos à nossa volta, pois podemos encontrar sapos em meio a um lindo jardim, entre uma chuva com sol, em meio a um lindo arco-íris. Quando isso acontece devemos ter sabedoria e maturidade para poder agir, sem deixar que o medo de tal sapo nos congele e nos intimide.  

Sentir todas as manhãs o sangue correr nas veias e o oxigênio penetrar o nosso cérebro, essa sensação é mais a pura contemplação da existência da inteligência suprema que é Deus.

Porém, viver requer hombridade para com as nossas emoções, ações, pensamentos e sentimentos, primeiro com nós mesmo, e depois para com o outro, com esse, exerça sempre a empatia. Não faça com o outro aquilo que não gostaria que fizessem com você. 

Desde a alvorada até o anoitecer, ainda no período de sono, seja sempre vigilante com você mesmo e com os teus pensamentos. Pratique o bem, pois essa vida nos foi emprestada, ela não nos pertence, vez que estamos aqui apenas em breve passagem e mais cedo ou mais tarde teremos que fazer a prestação de contas, que já tem, inclusive, dia e hora marcado para acontecer, mas Deus, em sua imensa sabedoria não nos permite ter conhecimento antecipado, tendo em vista que muitos de nós já ficaríamos esperando a morte chegar, ao invés de viver, vez que vivemos a era da imediaticidade. 

Todos estamos aqui para evoluir, aprender, estudar e crescer, me refiro ao crescimento espiritual.

 A Era é de fortes acontecimentos tanto bons, quanto ruins, fato esse que aumenta a nossa responsabilidade, pois cada um tem que fazer a sua parte, de maneira que de forma sincronizada possamos depositar no Universo energia positiva de união, amor, fraternidade e esperança.  Agradeça pelo sol, pela lua, pela chuva, pelo ar que respiramos, etc.  Isso é glorificar! Isso é gratidão. O hábito de agradecer, libera o fluxo de receber.

O mundo precisa de mais amor. Nós precisamos nos amar mais, nos respeitar mais, reclamar menos, agradecer mais, e fazer mais, muito mais pela pessoa que estiver ao seu lado, seja quem for. 

Não trate com indiferença aquela pessoa que você conhece muito bem, nem a trate com um ser invisível. Isso não vale a pena. Não deixemos que as nossas angústias, raivas, ressentimentos e aflições mais íntimas nos vençam e conduzam a nossa vida. 

Reaja! É possível! Acredite! Sejam quais forem os seus problemas, as tuas dificuldades, trabalhe incansavelmente em busca de encontrar a paz e a harmonia interior. Lembre-se, estamos aqui para perdoar e sermos perdoados, somente assim encontraremos o verdadeiro amor.   

 A paz é a segurança da vida. Saia desse canto, que não te encanta. Aprume-se, porém, lembrando sempre que somos chamados a viver um só dia de cada vez. Sempre que o sol se levantar, levante-se também e vá, lute!

Faça diferente hoje e amanhã também se ele ainda for seu, e seja sempre sincero com a sua voz interior, sua consciência e intuição, e destas últimas seja muito íntimo. 

Continue firme no projeto de sua realização, de sua busca interior, mas sem que isso afete a esfera do outro, pois não temos o direito de magoar ninguém. 

Escrevo para mim mesma, e se você leu e lhe foi útil, faça a sua parte, pois já sabemos o que devemos fazer, vez que está tudo dentro de nós, na nossa consciência. 

A vida nos impõe grandes desafios é verdade, e diante dessas vicissitudes devemos olhar para dentro de nós mesmos, com um olhar silencioso e verdadeiro, sem terceirizar nada do que sentimos, do que é nossa obrigação desmembrar e executar, pois se plantarmos ventos colheremos tempestade. 

Problemas todos temos, mas a partir do momento que resolvemos mudar o nosso pensamento, tudo a nossa volta começa a mudar também.  Isso não é apenas uma frase de efeito, que fique claro.  Que cada um de nós continuemos nessa viagem interior em busca do autoconhecimento e do autodescobrimento.  Meu amigo, muita paz! 

Gisele Nascimento é advogada em Mato Grosso.

 





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Comentários (3)

  • Fabio

    Segunda-Feira, 19 de Agosto de 2019, 14h05
  • Dra advogada Giselle aqui sim um artigo de suma relevância em que o dr. expressa a realidade e a sra dando trela para coachs- que ja estao irritantes- digital influencers do babado e um discurso paz e amor com aberrações gritantes matando por atacado a todos nós cidadãos? Tenha. Dó. Lula Paz e Amor ja está registrado na historia. Raymundo Faoro é autor de Os Donos do Poder: Formação do patronato político brasileiro-(1958), obra que aponta o período colonial brasileiro como a origem da corrupção e burocracia no país colonizado por Portugal, então um Estado absolutista, onde analisou a formação do patronato político e o patrimonialismo do Estado brasileiro, levando em consideração as características da colonização portuguesa. Como Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil- OAB (1977-1979),lutou pela redemocratização do País, defendeu o fim dos Atos Institucionais do regime militar e participou ativamente no governo João Figueiredo, na campanha pela anistia ampla, geral e irrestrita. De acordo com o autor, toda a estrutura patrimonialista foi trazida para cá. Nesta obra clássica, Faoro destaca a propriedade individual como sendo concedida pelo Estado, caracterizando uma "sobrepropriedade" da coroa sobre seus súditos e também este Estado sendo regido por um soberano e seus funcionários. O autor assim nega a existência de um regime propriamente feudal nas origens do Estado brasileiro. Essa mentalidade de uma elite, classe especial, que atua como proprietária do bem público, como pessoal e para servir seus parentes, amigos e correligionários, impregnou nossa cultura política, desde a colonização- capitanias hereditárias, vice-reinados, apropriação dos cargos públicos e, principalmente, a impunidade e a corrupção, o famoso e centenário “toma lá, dá cá”, que assistimos todos os dias. As dinastias políticas de pais e filhos se revezando no poder (os Campos, os Bolsonaros, os Riva, e outros), os eternos caciques, enfim. A indicação de filhos, esposas, políticos fracassados nas urnas, ex-governadores para os Tribunais de Contas, e agora, até embaixadas, não surpreende quem acompanha a vida política nacional. Ou seja, tais políticos não conseguem diferenciar o público do privado, tudo está aí para servi-lo e à sua família (“o filet mington” pro meu filho). Agora, a Câmara Federal acaba de dar mais um exemplo dessa confusão mental: aprovando - por votação simbólica, isto é, sem identifica os votantes - e em causa própria, o projeto do Abuso de Autoridade. Em causa própria porque um terço dos parlamentares - Câmara Federal e Senado - estão no lamaçal da Lava Jato e, como disse um famoso e impune ex-Senador (Jucá), “é preciso estancar a sangria”. Começou o estancamento: calando a boca dos juízes, MP e policiais, que, pelo texto aprovado, terão enorme receio de investigar ou denunciar os “mal feitos”. Denúncia mesmo, só para os crimes em “flagrante delito” (com a mão na massa”). Um retrocesso judicial e processual sem tamanho, uma lentidão (portanto, impunidade e prescrição) nos feitos. Voltamos aos bons tempos dos Jucás, Sarneys, Renans e Collors. Ou seja, uma forma de dominação tradicional em que o governante organiza o poder político de forma análoga ao seu poder doméstico. Como diz Faoro “ Um Estado mais forte do que a sociedade, em que o poder centrípeto do rei, no período colonial, e do imperador, ao longo do século XIX, ou do Executivo, no período republicano, criou forte aparelho burocrático alicerçado no sentimento de fidelidade pessoal”. Duas figuras distintas: uma, o abuso de poder que se manifesta como o excesso de poder, caso em que o agente público atua além de sua competência legal, e se manifesta pelo desvio de poder, em que o agente público atua contrariamente ao interesse público, desviando-se da finalidade pública. Outra, o abuso de autoridade, onde temos a tipificação daquelas condutas abusivas de poder como crimes (lei 4898 /65) podendo-se dizer que o abuso de autoridade é o abuso de poder analisado sob as normas penais. Em suma, abuso de autoridade é conceituado como o ato humano de se prevalecer de cargos para fazer valer vontades particulares. No caso do agente público, ele atua contrariamente ao interesse coletivo, desviando-se da finalidade pública. Os cidadãos, quase sempre os pobres, favelados, negros e semi-alfabetizados, diariamente são vítimas de abuso de autoridade. Os seus direitos são desrespeitados quando:- presos ilegalmente, sem terem cometido qualquer crime; revistados sem motivo e com violência;- barracos são invadidos por policiais, em busca de marginais que nem se conhece; - confissões são exigidas à força, com torturas ou obrigados a testemunhar o que não viram e nem ouviram; - policiais prendem em batidas, simplesmente porque não estão com a Carteira de Trabalho. Não adianta falar que tem outro documento que os identifica, que são trabalhadores ou que estão desempregados. Uma realidade brasileira. Esse feijão com arroz foi o pano de fundo da nova lei. Mas, o objetivo mesmo, foi calar a Lava Jato e a atuação dos agentes públicos. Atira-se no camundongo para atingir o elefante. A Câmara disse que a lei é para todos, não somente para MP, Juízes e policiais. O artigo 5º da lei 4.898/65 diz “Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.”. Assim, pode ser considerada autoridade qualquer funcionário público. É esperar pra ver. O bem jurídico tutelado pela lei de abuso de autoridade são os direitos e garantias fundamentais, são aqueles garantidos pela Carta Magna, seja a liberdade de culto, o direito de ir e vir, compreende toda a garantia de que o cidadão possa gozar e desfrutar, sem ser perturbado ou ameaçado. Não fala em corrupção e “imunidades” (a jabuticaba brasileira) ou privilégios de cargos. A lei aprova, por exemplo, diz que constitui crime de abuso de autoridade de juízes e membros do MP, por exemplo: atuar com "evidente" motivação político-partidária; proferir julgamento quando impedido por lei; receber pagamento pela sua atuação em processos, uso de algemas, denúncia não “fundamentada”, etc. cascas de banana no caminho da justiça. Um policial, meu vizinho, dá o resumo da ópera: “Doutor, a partir de agora eu vou prender só ladrão de galinha. Não quero perder o emprego”. Esse é o sentimento geral com a nova lei. Ou seja, sem clareza e objetividade do texto sobre a conduta do agente público, a tendência é não agir, ou agir com muita cautela para não incorrer nas sanções da lei. Quem perde é a sociedade e quem ganha são os de sempre, que dispensa nomear. Que policial vai se arriscar a incorrer numa denunciação caluniosa ou inquérito considerado “sem indícios”, com 02 anos de prisão? “Tudo que o Brasil não precisa neste momento, é de uma espécie de estatuto da criminalidade” (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal). Mas, ele chegou. * AUREMÁCIO CARVALHO é advogado [email protected]
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  • Denner

    Segunda-Feira, 19 de Agosto de 2019, 14h05
  • Muito inspirador o texto. Penso que o problema do ser humano está no sistema nervoso, este controla e comanda tudo.
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  • Luis

    Segunda-Feira, 19 de Agosto de 2019, 13h41
  • Ai que gracinha o artigo da dra. até emocionei. Que país a sra vive? Ou melhor dizendo, a dra mora em Cuiabá? Tão lindo se a carneficina humana adotada em inumeras modalidades e delitos de consórcios de humanos que é é só ego e esquemas inemagináveis. Ajeita a coroa princesa, senao ela cai.
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