Opinião Segunda-Feira, 19 de Agosto de 2024, 08h:40 | Atualizado:

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Willer Zaghetto

Para um era “só uma gripezinha”, para outro “um resfriadinho de nada”

 

Willer Zaghetto

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Willer da Cruz Zaghetto

 

Quem não se recordar dessas falas emanadas, por pessoas públicas, em um contexto de minimização dos riscos da  COVID 19, pode recorrer aos mecanismos de busca da Web para refrescar a memória. Não apenas esses, mas muitos foram os que, à época, subestimaram a crise de saúde pública que estava por vir. Nessa direção, após a Organização Mundial da Saúde - OMS declarar a Monkeypox - Mpox uma emergência global, pela segunda vez, ainda há um grupo que segue minimizando os riscos.

Essa doença é causada por um vírus que é da mesma família e do mesmo gênero do vírus da varíola comum, o Smallpox. As diferenças estruturais fazem com que o Mpox seja capaz de afetar hospedeiros diferentes dos humanos, como os macacos, e cause uma sintomatologia mais branda, cursando com febre, “ínguas” (aumento dos linfonodos), cansaço, dores musculares e bolhas (vesículas) na pele. Entretanto, a nova cepa tem mudado essa realidade, possuindo maior potencial de disseminação e letalidade, bem como com maior resistência às medicações.

Conforme estudo publicado na Spring Nature, em 2022, o quadro inicial de avanço da doença é relacionado ao fim da imunização de rotina contra a varíola comum, após sua erradicação. Isso têm ocorrido em alguns países, como os Estados Unidos, que desde 1972 retiraram a varíola da lista de imunizações recomendadas, aumentando assim o número de pessoas não imunizadas e consequentemente reduzindo a proteção cruzada que havia contra a Mpox. Além dessa proteção, há ainda vacinação própria contra a enfermidade, composta de duas doses.

Disse em entrevista, a mais alta autoridade da saúde do país, que “é importante reforçar que não há motivo para alarme”. Veja, segundo dados da OMS o Brasil é o segundo país em números de casos, foram mais de 11 mil entre janeiro de 2022 e julho de 2024, perdendo apenas para os Estados Unidos. Esse ano, até julho, surgiram 315 casos somente em São Paulo, o que representa um aumento de 250% para o estado em comparação ao ano passado. Em relação aos óbitos, a nível mundial, já foram mais de 500 mortes tão só em 2024. 

Após a duríssima lição deixada pela pandemia da COVID 19, esses dados deveriam ser suficientes para que os agentes públicos ligassem os alertas, assim como a OMS o fez, e tomassem as providências necessárias no sentido de fortalecer o enfrentamento dessa emergência.

Willer Zaghetto é medico formado pela UFMT e atua como Perito Oficial Médico Legista





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Comentários (2)

  • Carlos Nunes

    Segunda-Feira, 19 de Agosto de 2024, 13h56
  • Pois é, vai entender...O enigma do COVID já foi decifrado. A grande pergunta era: Onde apareceu? Quem criou? Segundo o prêmio Nobel, LUC MONTAGNIER, o Covid foi fruto de experiências feito pelo Governo COMUNISTA Chinês, num laboratório em Wuhan. Onde funcionários, sem saber, sairam contaminados...circularam pela cidade e, de lá espalharam pelo mundo. Essa opinião foi ratificada pelo ex-chefe do Serviço Secreto Britânico, Sir Richard. Dr. LI WENLIANG quis alertar o mundo, naquela época, mas foi impedido pelo Governo COMUNISTA Chinês. Recebeu em casa a visita da Polícia Chinesa, que o obrigou NA MARRA a retratar...e dizer que não tinha perigo nenhum. Pros COMUNISTAS, Dr. LI só estava fazendo um baita do Fake News. Fake News é invenção COMUNISTA pra impedir a divulgação da verdade? Se deixassem Dr. LI alertar o mundo, naquela época...não haveria tantos Infectados e Mortos no mundo. Mundo alertado...mundo prevenido. Nenhuma Nação escapou do COVID.
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  • João Viana

    Segunda-Feira, 19 de Agosto de 2024, 09h03
  • Vou sempre perguntar: é má-fé ou desinformação. Em se tratando do autor do texto, penso ser má-fé. Foi recomendado consultar a internet. Assim foi feito. Lá, vi claramente, cristalinamente que: quando o ex-presidente falou em "gripezinha", esta se referindo à fala do médico Dráusio Varela. É por essas e outras que criaram um mito. Hoje, todos nós com um celular em mãos temos acesso a tudo e não é mais possível enganar como faziam antes. Enquanto insistirem na mentira, na fabricação de narrativas mentirosas, o mito se tornará mais popular.
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