Opinião Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h:00 | Atualizado:

Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h:00 | Atualizado:

Renato Nery

Ser mulher

 

Renato Nery

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Deixo  aqui algumas impressões sobre a vida, o que vi, vivi e li a respeito das mulheres. Não sou o dono da verdade e nem tenho a intenção de ensinar ninguém, mas apenas de levantar a discussão sobre um tema delicado. 

Não sei se é da natureza das mulheres, mas elas estão sempre – com ou sem razão reclamando dos homens. O certo é que não conseguem viver sem eles e eles sem elas. E na maioria das vezes, as pretensas incompatibilidades parecem poucas, mas se somadas ao longo do tempo tornam as relações inconciliáveis. 

Parto do princípio que o pensamento e as atitudes dos homens são retilíneos e das mulheres são difusas. O homem costuma esquecer tudo. Datas importantes como aniversários e comemorações de toda ordem. Isto para as mulheres é um desaforo. As mulheres tem um computador na cabeça. Guardam tudo e nos mínimos  detalhes. Você se lembra?  Não lembra.... Isto é a morte para a maiorias  das mulheres. Entretanto, elas têm que conviver com um ser alienado. E isto  é um trabalho hercúleo. E elas reclamam... Reclamam... Sem muito sucesso. 

Ser mulher não é fácil. Certamente é muito mais difícil do que ser homem. As funções das mulheres são infindáveis. Elas são responsáveis pela vida e pela subsistência. Concebem. Criam. Alimentam. Orientam e educam os filhos. Além de trabalhar fora... Cuidar do marido e tornar a relação um paraíso!  São elas as  responsáveis pela ordem da vida. Arcam com o maior ônus das relações a dois. Acham que fazem... Fazem e  não são reconhecidas. 

-  Estou sem atrativos! Ele não me procura mais! 

- Pensado bem, quando ele me procura eu estou exausta!

-  Que tortura!! E agora, o que devo fazer? 

- Estou horrível! Preciso depilar! Preciso emagrecer! Preciso ir ao cabelereiro e a manicure! 

- Falta-me tempo! Falta-me ânimo!

-  Que inferno!! Preciso ficar bonita, cheirosa e atraente! 

- Nem um  batom e nem um pó eu ponho mais!

-   Estou pálida, com cara de  enterro! 

- Estas crianças não dão trégua! 

-  Ele não lembrou a data do meu aniversário! E a do nosso casamento  também não! Pode! 

- Ele só pode estar com outra!  

- Não posso ficar eternamente reclamando. Preciso organizar  minha vida e me arrumar! Arranjar tempo! Comprar umas roupas atraentes. Minhas roupas íntimas estão gastas e velhas. 

- Meu casamento está indo por água abaixo. Preciso agir urgentemente! Não posso somente ficar cobrando a atenção dele. 

- Como ele vai dar atenção para mim se estou feia e desarrumada! Com tanta mulher bonita dando sopa!

- Não consigo fazer a minha parte!

- Nem socorro a Deus eu posso pedir se não faço o que deve ser feito. Tenho consciência disto!

- Tenho que segurar esta barra! 

- Amo meu marido, mas certamente ele amava outra e não este traste em que me tornei. 

- Vou dá a volta por cima. 

- Que Deus me ajude. 

Não se nasce mulher impunemente.  Torna-se mulher com muito esforço e sabedoria. O  lugar é comum, mas verdadeiro. A mulher tem que ser um burro de carga e uma messalina ao mesmo tempo. Como conciliar condições tão opostas. Penso na minha mãe, nas minhas filhas, na minha  esposa, nas minhas amigas e em todas as mulheres que cruzaram o meu caminho. Toda mulher é especial. Nascem dotadas de predicados divinos que o Criador sonegou para os homens. Com certeza vencem qualquer desafio.

P.S. - Este texto surgiu de uma conversa com a nossa atendente que está achando difícil sobreviver a uma relação a dois.

Renato Gomes Nery é advogado em Cuiabá-MT. E-mail – [email protected] 

 

 

 

 





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