Polícia Quinta-Feira, 17 de Julho de 2025, 14h:15 | Atualizado:

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OPERAÇÃO HERESIA

"Advogado do CV" volta ser alvo da PC e tem carrões confiscados em MT

Em operação anterior, ele foi apontado como "pombo-correio" da facção

ALEXANDRA LOPES
Da Redação

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O advogado criminalista Roberto Luis de Oliveira, morador de um luxuoso condomínio em Sinop (500 km de Cuiabá), é um dos alvos da Operação Heresia, da Polícia Civil, deflagrada nesta quarta-feira (16) para desarticular um esquema criminoso de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com atuação nas cidades de Alta Floresta, Carlinda, Sinop e Cuiabá. O jurista foi alvo de mandado de busca e sequestro de bens de alto valor.  Dois veículos, joias e os equipamentos eletrônicos de interesse da investigação foram apreendidos na residência dele.

Roberto Luis de Oliveira é velho conhecido das manchetes policiais. Em março de 2024, foi alvo da Operação Gravatas, deflagrada para investigar um grupo de advogados que atuava como braço jurídico do Comando Vermelho em Sinop e Cuiabá. As investigações demonstraram uma divisão clara de tarefas, com o objetivo de obter vantagens de natureza financeira e jurídica, além de outros crimes, como tráfico de drogas, associação ao tráfico, tortura e lavagem de dinheiro.

Roberto Luis chegou a ser condenado a 5 anos, 5 meses e 10 dias de prisão e 19 dias-multa por envolvimento no esquema.

A Operação Heresia foi desencadeada pela Delegacia de Polícia de Alta Floresta, com apoio do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional, para o cumprimento simultâneo de um mandado de prisão preventiva, 14 mandados de busca e apreensão, além de 11 intimações para fins de monitoramento eletrônico. Ainda foram expedidos quatro ordens de bloqueio judicial e sequestro de bens, além de bloqueio de contas bancárias até o montante de R$ 2 milhões por alvo principal. Também foi determinada judicialmente a suspensão das atividades de uma empresa de produtos eletrônicos em Cuiabá, utilizada na lavagem de dinheiro proveniente do tráfico.

Em Alta Floresta, um casal foi preso em flagrante com porções de cocaína e diversos envelopes da droga. Em Sinop, foram apreendidos bens de alto valor pertencentes ao advogado investigado, como dois veículos e joias. Em Cuiabá, verificou-se que um local de dois andares, utilizado para armazenar mercadorias, não possuía qualquer sistema de controle, emissão de notas fiscais ou livros contábeis. Também houve sequestro e apreensão de veículos e objetos de valor. A Secretaria Municipal de Ordem Pública lacrou o estabelecimento.

Ao longo das ações, diversas pessoas envolvidas foram identificadas, compondo diferentes núcleos do grupo criminoso — incluindo os setores operacional, jurídico e financeiro. A investigação revelou um esquema sofisticado de contabilidade do tráfico e movimentações bancárias milionárias, com o uso de empresas de fachada e depósitos pulverizados.

As ordens judiciais foram expedidas por diferentes juízos. Os mandados referentes aos investigados em Alta Floresta foram autorizados pela 4ª Vara Criminal local, enquanto as medidas direcionadas ao núcleo financeiro e jurídico contaram com autorização do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, com manifestação do coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Gaeco-MT).

Cerca de 40 policiais civis participaram da operação, lotados na Delegacia de Polícia de Alta Floresta, no Núcleo de Inteligência da Regional de Alta Floresta, além das Delegacias de Sinop, Sorriso, Colíder, Paranaíta, Apiacás, Nova Bandeirantes e da Denarc, de Cuiabá.





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