A mãe de uma aluna da Escola Estadual Dunga Rodrigues, em Várzea Grande, denunciou a filha sofreu por pelo menos três anos bullying nas dependências da unidade escolar. De acordo com a mulher, a menor, que hoje tem 13 anos, foi vítima de perseguição por ser umbandista.
As colegas a chamavam de bruxa, macumbeira e a utilizavam como objeto de chacota. O caso foi divulgado no Programa do Pop, da TV Cidade Verde, nesta terça-feira (5).
A mãe afirma que a filha está tendo crises de desmaios, não come e só chora por causa dos episódios de bullying na escola. Disse ainda que um grupo de meninas a emboscou numa avenida e tentou atear fogo nela, porque, segundo as agressoras, "bruxas têm que ser queimadas".
O ato foi impedido por um homem que passava pelo local. A mulher fez um boletim de ocorrência.
"A minha filha pesava cinquenta e poucos quilos, hoje está com 39. Desde 2023, ela vem sofrendo bullying. Eu sou da Umbanda. Ela ganhou uma figuinha [amuleto] de proteção, que ela colocou na mochila. Os colegas ficaram chamando ela de bruxa, macumbeira, e arrebentaram o colar dela. Ela foi transferida de sala. Em 2024, piorou: uma colega a chamou de feiticeira, bruxa e que ela tinha que ser queimada, jogada na fogueira. Ela não acreditava que a menina tivesse coragem de fazer isso. A menina chamou a irmã, e as colegas dela foram até a avenida Julião de Brito para tentar tacar fogo minha filha. Só não tacou porque um vizinho não deixou e trouxe ela pra minha casa. Fui até a escola, e a escola falou que a única coisa que poderia fazer por mim seria chamar os pais da menor para conversar e orientou ir na delegacia", informou a mulher.
Conforme a mãe explicou, algum tempo se passou, e neste ano ela descobriu que a menor estava com escoliose na coluna e sofreu mais bullying por conta disso. Agora, a menina está com depressão, e a mãe lamenta que a escola não tenha tomado alguma medida mais severa desde 2023, quando as humilhações começaram.
"A coluna dela está deformada. Estão chamando ela de macho-fêmea, corcunda, sapatão. Isso está fazendo mal pra ela, mas ela não me falava. Ela adoeceu. Está com depressão profunda. Minha filha tentou suicídio três vezes. A transferência dela está pronta, mas ela vai ficar doente em casa. Por que não fizeram algo lá em 2023? Esperaram chegar nesse ponto. Minha filha está sofrendo. Não estou falando só por minha filha. Tem outras crianças que também estão sofrendo e não falam aos pais por medo, ou porque os pais também não entendem. A intolerância religiosa não pode acontecer com nenhuma criança. O bullying não pode acontecer com nenhuma criança", lamentou.
Paulo
Quarta-Feira, 06 de Agosto de 2025, 12h19MARIA AUXILIADORA
Quarta-Feira, 06 de Agosto de 2025, 09h24macedo
Quarta-Feira, 06 de Agosto de 2025, 09h10GRELUDA
Quarta-Feira, 06 de Agosto de 2025, 08h46Cláudio
Quarta-Feira, 06 de Agosto de 2025, 07h39Jorge
Quarta-Feira, 06 de Agosto de 2025, 05h12Que geração meu Deus!
Terça-Feira, 05 de Agosto de 2025, 23h13