O sargento aposentado da Polícia Militar, Omigha de Lima Oliveira, 54 anos, investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por suspeita de envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery, em Cuiabá, afirmou que não entregou o armamento à Polícia Civil porque os policiais não informaram o motivo pelo qual estavam requisitando o material. Ele mora em Guaranã do Norte e foi alvo de busca e apreensão na útlima terça-feira (30), ocasião em que não colaborarou com os investigadores, se recusando a entregar as armas que possuía.
Além disso, negou qualquer envolvimento no crime. O delegado da Polícia Civil, Bruno Abreu, que comanda as investigações relacionadas ao homicídio, revelou que o militar escondeu duas pistolas Glock calibre 9 milímetros, mesmo modelo usado no dia da execução do jurista, para embaraçar as investigações.
A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, além de Guarantã, visitou residências de familiares do suspeito em Cuiabá e Várzea Grande para cumprimento de mandados de busca e apreensão. Bruno Abreu afirmou que os alvos das ordens judiciais são membros do Comando Vermelho (CV-MT).
Omigha afirmou que procurou a delegacia de Polícia Civil em Guarantã para entregar o armamento, mas foi orientado a levar as pistolas para a DHPP, em Cuiabá. Nessa linha, também afirmou que só não fez isso até o momento porque está sem veículo e também para prevenir sua integridade física.
"Não tenho veículo para ir a Cuiabá. Não vou comprometer a minha segurança pessoal e a da minha arma. Não disponho de condições financeiras para me deslocar. Eu iria entregar, porque garanto ser inocente. Eu peço que seja feita justiça pelo doutor Nery", informou ao site Olhar Direto.
Renato Nery, que já foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso, foi morto a tiros quando chegava ao seu escritório no dia 5 de julho deste ano, na Avenida Fernando Corrêa da Costa. Ele foi atingido por pelo menos dois tiros disparados por um criminoso que estava na calçada da movimentada avenida.
Nery foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Complexo Hospitalar de Cuiabá, onde foi submetido a uma cirurgia que durou mais de seis horas e depois foi colocado em um leito de UTI. No entanto, ele morreu na madrugada seguinte.
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