Assassinos de pastor são interrogados e alegam legítima defesa

 

Três homens que estavam foragidos suspeitos de assassinarem o pastor Severino Amaro de Lima, de 70 anos, se apresentaram à Polícia Civil, nesta quarta-feira (4), em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá.

Ao g1, o delegado Igor Sasaki informou que o trio passou por interrogatório e alegou que agiram em legítima defesa. No entanto, essa hipótese foi descartada pela polícia, já que eles estavam em maior número.

A investigação conseguiu confirmar que o pastor foi morto ao tentar impedir o assassinato do amigo. Ainda de acordo com a polícia, ele não tinha nenhum tipo de envolvimento com os suspeitos ou com o crime organizado.

Como os três se apresentaram dias depois do fato, a defesa evita que eles sejam presos em flagrante. Assim, os três permanecem em liberdade durante o andamento da a investigação.

Entenda o caso

Severino foi morto a facadas durante um desentendimento, após ter a casa invadida por quatro integrantes de uma organização criminosa, no Bairro Monte Líbano, em Tangará da Serra.

Segundo o delegado, a vítima era proprietária de um conjunto de kitnets na região. Conforme a investigação, em uma dessas casas, morava um mecânico que prestava serviços para o grupo criminoso.

No domingo (2), os integrantes foram até o conjunto para 'cobrar' o mecânico. Neste momento, ele estava almoçando na casa do pastor, que também morava na região. A conversa evoluiu para uma discussão e Severino tentou apaziguar a situação, mas acabou sendo atacado pelos invasores e morreu.