Polícia Quarta-Feira, 19 de Junho de 2019, 15h:40 | Atualizado:

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OPERAÇÃO ASSEPSIA

Associação vê equívoco e alega que PMs estavam em "missão militar" na PCE

Policiais detidos pelo GCCO são acusados de facilitar entrada de celulares na PCE

TARLEY CARVALHO
Da Redação

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A Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof-MT) saiu em defesa dos três policiais militares detidos preventivamente na manhã desta terça-feira (18), por suposta facilitação na entrada de aparelhos celulares e seus acessórios na Penitenciária Central do Estado (PCE). Por meio de nota, a associação afirmou que os policiais trabalham no setor de inteligência da polícia e estiveram reunidos com um dos detentos – destinatário dos aparelhos celulares – para apurar informações sobre uma ação criminosa que aconteceria nos próximos dias, tudo com aval de seus superiores.

Foram presos durante a Operação Assepsia, deflagrada pela GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado): o tenente do 3º Batalhão da Polícia Militar (3ª BPM), Cleber de Souza Ferreira, o subtenente da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira, e o cabo da Rotam, Denizel Moreira dos Santos. Além deles, foram presos também o diretor da PCE, Revétrio Francisco da Costa, e o subdiretor da unidade, Reginaldo Alves dos Santos.

“Em conversa com os militares, verificamos que na verdade, a prisão deles teria ocorrido por um equívoco, pois o que eles teriam ido fazer na unidade prisional era se reunir com o reeducando para colher informações de ações criminosas que estariam prestes a ocorrer em Cuiabá. É importante registrar, que esses militares já atuaram em diversas operações com apreensão de drogas e armas, bem como, na prevenção de assaltos a estabelecimentos comerciais”, argumentou a associação.

A nota da Assof-MT se refere, a todo momento, sobre o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), o “Carumbé”, porém, o comunicado oficial da GCCO se refere sempre à PCE como local do suposto crime.

Ainda de acordo com o documento, assim que soube da operação, a associação encaminhou dois representantes – sua diretora jurídica, a tenente coronel da PM Rúbia Fernanda, e o advogado Ale Arfux Júnior – para acompanhar o caso. Os dois também acompanharam a audiência de custódia, presidida pela juíza Ana Cristina Silva Mendes no Fórum de Cuiabá, cujo resultado foi a manutenção da prisão.

Por fim, a nota afirma que os três policiais são considerados profissionais sérios, responsáveis e com fichas ilibadas, sem a existência de registros de desvio de conduta.

O CASO

A Operação Assepsia foi deflagrada na manhã de ontem pela GCCO com o objetivo de prender os responsáveis por facilitar a entrada de aparelhos celulares na PCE. O destinatário seria o líder de uma organização criminosa.

No dia 6 de junho, agentes encontraram 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido, todos escondidos na porta de um freezer. As investigações da GCCO apontam que não havia nenhum registro acerca da entrada e da entrega do equipamento.

Além dos servidores públicos, a Polícia Civil também cumpriu mandados de busca e apreensão contra líderes de uma facção criminosa. Todas as ordens judiciais, 15 no total, foram emitidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

A equipe do GCCO então convocou os agentes penitenciários à sede para que fossem questionados sobre os fatos. No mesmo dia, as imagens do circuito interno foram apreendidas e analisadas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Para chegar aos responsáveis, os policiais da GCCO combinaram os depoimentos colhidos, as imagens das câmeras de segurança e conteúdo dos celulares apreendidos.

As investigações apontaram também que, no dia da entrega do freezer, duas horas antes de sua interceptação, os cinco servidores presos se reuniram a portas fechadas com o líder de uma organização criminosa. A reunião foi registrada pelas câmeras de monitoramento eletrônico.

Os policiais da GCCO também concluíram que o veículo utilizado para transporte do freezer pertencia a outro detento da PCE, também apontado por ser uma das lideranças da mesma facção.

Veja íntegra da nota da Assof:

Prezados (as) associados (as) na manhã desta terça-feira (18/06), tomamos conhecimento pela imprensa que a Polícia Civil através do GCCO teria realizado uma operação em cumprimento a mandados de busca e apreensão e de prisão temporária de 02 agentes prisionais, 02 reeducandos e 03 policiais militares, dentre eles, um Oficial.

Imediatamente, mesmo não tendo sido acionados, deslocamos para o GCCO/Polícia Civil a Tenente Coronel PM Fernanda – Diretora Jurídica da ASSOF e o Dr. Ale – advogado, para verificar quem era o Oficial e do que se tratava a acusação que lhe estava sendo imputada.

A nossa equipe jurídica foi até o GCCO e posteriormente ao Fórum de Cuiabá acompanhar a audiência de custódia dos detidos. Nos locais verificamos que os militares presos se tratavam do Tenente PM Cleber de Souza Ferreira (3º BPM), Subtenente Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira (ROTAM) e Cabo PM Denizel Moreira dos Santos (ROTAM), todos atuando no serviço de inteligência da Polícia Militar.

A representação da Polícia Civil encaminhada a justiça, dava conta de que os 03 militares em associação com os agentes prisionais, teriam se organizando para fazer adentrar ao Presídio do Carumbé, um freezer recheado de aparelhos celulares. Como prova do alegado, o GCCO anexou na representação áudios e vídeos do sistema de CFTV do Carumbé, que mostravam os militares adentrando a unidade prisional e se reunindo com o diretor do presídio e um reeducando.

Em conversa com os militares, verificamos que na verdade, a prisão deles teria ocorrido por um equívoco, pois o que eles teriam ido fazer na unidade prisional era se reunir com o reeducando para colher informações de ações criminosas que estariam prestes a ocorrer em Cuiabá. É importante registrar, que esses militares já atuaram em diversas operações com apreensão de drogas e armas, bem como, na prevenção de assaltos a estabelecimentos comerciais.

Os três policiais militares são considerados profissionais sérios, responsáveis e em suas fichas funcionais não existem registros de desvios de conduta. É importante registrar, que segundo o Tenente S. Ferreira, a atuação dele e dos demais policiais militares no caso concreto, era de conhecimento dos seus superiores hierárquicos, tanto no batalhão quanto no comando regional.

A Associação dos Oficiais informa que o Tenente S. Ferreira está recolhido no 3º Batalhão e está sendo acompanhado por um advogado escolhido e contratado por ele e que, apesar de ele não ser associado da ASSOF, continuaremos acompanhando o caso, sempre zelando pelo respeito às prerrogativas e garantias de nossa carreira.

Tenente Coronel PM Wanderson – Presidente da ASSOF

 





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Comentários (3)

  • Ares

    Quarta-Feira, 19 de Junho de 2019, 17h27
  • Cinco pessoas pra dividir a suposta facilitação de entrada de celulares no presídio? Qual o valor dessa facilitação? Tem que ser muito dinheiro hein no mínimo uns 50 mil reais pra cada facilitador que daria 250 mil reais muito dinheiro Se fosse 10 mil pra cada facilitador já seria 50 mil reais já seria muito alto o valor para que os presos pagassem que se apure os fatos com rigor
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  • Ant?nio

    Quarta-Feira, 19 de Junho de 2019, 17h17
  • Cala a boca mídia... assim vcs prestam um desserviço à sociedade...
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  • DE OLHO

    Quarta-Feira, 19 de Junho de 2019, 17h01
  • MIAS UMA VEZ!!!!!!!!! "INTELIGÊNCIA" DA PM QUERENDO INVESTIGAR E DEU MAIS UMA M... Quer investigar? quer ter informantes? acha legal?? estuda e passa pra PF ou PC... está no cargo errado! olha a M...
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