Uma aeronave avaliada em mais de R$ 1,1 milhão que foi roubada de uma fazenda em Nova Ubiratã em fevereiro de 2024, se tornou peça-chave para a deflagração da Operação Proa Clandestina, realizada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (06), mais de um ano após o ocorrido. O caso envolve uma organização criminosa com atuação no roubo de aviões, tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
No dia 29 de fevereiro do ano passado, o grupo armado invadiu a propriedade rural durante a noite, rendeu o caseiro com uma arma e o manteve preso com correntes dentro de um alojamento no hangar. A aeronave de alto valor financeiro, que naquele mesmo dia estava sendo leiloada, foi levada pelos criminosos por volta das 5h da manhã do dia seguinte.
Segundo o site responsável pelo leilão, o avião estava vinculado a um processo da 4ª Vara Federal Criminal de Tocantins e havia recebido cinco lances antes do roubo. O bem estava sob custódia da Justiça desde a Operação TUUP, deflagrada pela PF em 2022, e seu certificado de aeronavegabilidade estava suspenso, conforme registro da Anac.
A Polícia Militar encontrou o hangar com as portas arrombadas e, ao chegar, a vítima já havia conseguido se soltar. Ela relatou que um dos envolvidos fez contato com cúmplices para facilitar a ação. Nenhum suspeito foi preso até agora.
A investigação que se seguiu ao roubo levou a PF a identificar uma organização criminosa com atuação em vários estados. A Operação Proa Clandestina está cumprindo mandados no nortão de Mato Grosso, nas cidades de Sinop, Matupá, Guarantã do Norte e Nova Ubiratã além de Palmas e Porto Nacional (TO), e Dourados (MS).
Além do roubo de fevereiro de 2024, o grupo é suspeito de envolvimento em outros crimes semelhantes, incluindo danos a aeronaves e uso da estrutura aérea para transporte internacional de drogas.