O criminoso Alex Pinto da Silva, apontado como membro da facção Comando Vermelho (CV), e que atuou como motorista no assalto onde cinco bandidos explodiram as fechaduras da Havan da Avenida da FEB em Várzea Grande e levaram R$ 30 mil dos cofres da loja, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo juiz de plantonista, Tiago Souza Nogueira de Abreu. A informação consta em decisão publicada neste domingo (31 de março).
O ataque foi praticado na madrugada do último sábado (30 de março), por volta das 2h30. Alex foi preso logo após o crime e confessou sua participação no furto e na explosão na loja. Durante seu depoimento na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (DERF-VG), Alex Pinto relatou que agiu no crime para quitar uma dívida de R$ 5 mil com o Comando Vermelho, proveniente do tráfico de drogas.
Ele afirmou também que ficou encarregado de levar os comparsas até a empresa e auxiliar na fuga, além de apontar o faccionado de apelido "Mano Raker" com um dos coordenadores do ataque. "É dívida de droga. Eu tava devendo pro "Mano Raker" e pro Gun. O "Mano Raker" e o Gun que me lançaram nessa fita. Eles falaram que ia ser só piloto de fuga mesmo, ia só dirigir para ele", disse Alex aos policiais.
Segundo o criminoso, ele conduziu os comparsas até a empresa e os ajudou a fugir, levando-os para um local seguro após ação criminosa. Além de saldar a dívida com o tráfico, o suspeito teria recebido R$ 500 pela participação no crime. Com ele, também foi apreendida uma porção de cocaína. De acordo com Alex, os bandidos estavam fortemente armados e receberam ordens para "enquadrar" os vigilantes.
"Eu peguei véião, o Neguinho, o Cabeção e o Gun, na frente do antigo supermecado Sarat, lá no Cristo Rei. Peguei eles lá de madrugada. Os caras tavam armados porque foram pro tudo ou nada, né. Se tivesse vigilante lá eles iam enquadrar e iam pegar o cofre. Quem tava na voz de comando era o Mano Raker. Ele ainda falou pra mim que eles falharam, porque colocaram pouco explosivo. Era pra te explodir um buraco maior na parede", relatou.
Diante das evidências, após ser interrogado pela delegada Elaine Fernandes de Souza, o criminoso foi autuado em flagrante pelos crimes de associação criminosa, furto majorado pelo repouso noturno e qualificado pela destruição de obstáculo, emprego de explosivo e concurso de pessoas, além de receptação (do veículo utilizado no crime).
O juiz Tiago Souza entendeu que existem fortes indícios de envolvimento de Alex nos crimes e que sua libertação poderia gerar insegurança na sociedade, considerando não apenas o delito cometido, mas também o extenso histórico criminal do criminoso. Por esse motivo, a prisão em flagrante de Alex Pinto da Silva foi convertida em prisão preventiva.
"O autuado não vêm respeitando as regras de convivência em sociedade, podendo-se concluir que, por ora, a sua soltura provocaria intranquilidade na sociedade em que está inserido, visto que, além do crime cometido nestes autos, ainda é possuidor de extensa folha de antecedentes, além de estar cumprindo pena por sentença penal condenatória transitada em julgado, circunstância esta que demonstra a imperiosa necessidade da medida constritiva da liberdade para também assegurar a aplicação da lei penal, já que mesmo em cumprimento de pena, o autuado permanece na prática de crimes", traz trecho do despacho.
As diligiências seguem em andamento para prender os outros envolvidos no crime.
alexandre
Segunda-Feira, 01 de Abril de 2024, 12h09