Polícia Terça-Feira, 20 de Maio de 2025, 15h:17 | Atualizado:

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R$ 7 MILHÕES

Casal é procurado na Paraíba e no Paraná

 

MARIA KLARA DUQUE
Gazeta Digital

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Polícia Civil fez buscas atrás dos empresários Elisa Severino, 51 anos, e Márcio Nascimento, 49 anos, proprietários da empresa Imagem Eventos, nos estados do Paraná e da Paraíba. Apesar da suspeita de que eles possam ter fugido para os Estados Unidos, o delegado responsável pelo caso, Rogério Ferreira, acredita que eles estão em território brasileiro. 

Os dois tiveram as prisões decretadas pela Justiça em decorrência de um golpe que causou prejuízo superior a R$ 7 milhões em estudantes que estavam prestes a concluir a faculdade. A Operação Ilusion foi deflagrada na manhã desta terça-feira (20) pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), da Polícia Civil de Mato Grosso.

A Imagem Eventos realizava colações de grau e festas de formatura e encerrou suas atividades abruptamente em janeiro deste ano, deixando centenas de formandos sem os serviços contratados. Até o momento, a polícia já contabiliza mais de mil vítimas, com cerca de 250 boletins de ocorrência registrados, muitos com múltiplos denunciantes em cada um.

A Polícia Civil cumpre 20 ordens judiciais, entre elas dois mandados de prisão, além de buscas e bloqueios em empresas ligadas ao casal em outros estados como Mato Grosso do Sul, Pará e Paraíba. Embora surgissem rumores de que os empresários teriam fugido para os Estados Unidos, o delegado Rogério Ferreira afirma que eles ainda estão em território brasileiro, e que há indícios de que estejam escondidos no Paraná e na Paraíba.

Segundo as investigações, o golpe foi planejado com antecedência. Na véspera do fechamento da empresa em Cuiabá, os suspeitos retiraram 23 cartões de memória contendo o material fotográfico das colações realizadas, levando junto os registros das cerimônias recentes.

“Na segunda-feira seguinte, eles passaram esse material por meio de uma empresa chamada Laboratório Brasil — uma empresa que nós não sabemos ainda ao certo qual é a relação com os suspeitos e nem se essa empresa realmente existe, ou se foi apenas um nome fictício inventado para fazer a comercialização do material fotográfico”, explicou o delegado. 

As turmas de medicina estão entre as mais prejudicadas. Apenas em Cáceres, nove turmas foram lesadas.

“Cada formatura de medicina ultrapassa R$ 2 milhões. Só o material fotográfico de um formando pode chegar a R$ 20 mil ou até R$ 30 mil, fora os gastos com a colação e a festa. Isso varia muito conforme o desejo do formando e de seus familiares”, detalhou Ferreira

Entre as apreensões realizadas, estão 8 carros de modelos populares, que estavam no nome do casal e das empresas. Segundo o delegado, há a possibilidade de ressarcimento das vítimas, após o bloqueio de todos os bens.





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