O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, afirmou em nota, que o alto comando da instituição ainda não foi informado sobre o conteúdo da ata que revelou que o 3º sargento Gabriel Catella Cardoso, de 34 anos, já havia manifestado vontade de matar o 2º sargento Willian Ferreira Nascimento, de 42 anos. Gabriel matou Willian com 6 tiros tiros em 22 de outubro e depois tirou a própria vida, também usando arma de fogo, no município de São José do Rio Claro (315 km de Cuiabá).
De acordo com uma matéria do site Gazeta Digital, uma reunião foi realizada com o comandante da unidade, Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos, em 13 de outubro de 2022. O encontro foi marcado com o objetivo de Gabriel e Willian resolverem suas "diferenças".
Na ocasião, ambos os militares afirmaram que os atritos eram devido ao comportamento deles. Gabriel não concordava com o tratamento que Willian, seu superior, dava aos subordinados. Após a reunião, ambos continuaram a trabalhar juntos, apesar das desavenças e do desejo de Gabriel de matar seu colega de farda. Assinaram a ata da reunião o comandante, tenente-coronel Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos, o 1º tenente Mateus Leandro Ferreira Nunes, a vítima, 2º sargento Willian Ferreira, e o acusado, 3º sargento Gabriel Catela Cardoso.
Em 21 de outubro, Gabriel concretizou a "vontade" revelada um ano antes e matou o sargento Willian Ferreira a tiros no interior de uma unidade policial, após um desentendimento. Ainda de acordo com o Gazeta Digital, antes disso, os dois haviam se desentendido devido à cautela de um fuzil. Além disso, rumores de que Gabriel teria dito que Willian queria "comandar o quartel" também contribuíram para a animosidade entre eles. Essa versão foi desmentida por Gabriel, que disse evitar comentar sobre seu colega de farda.
Vale ressaltar que a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) oficializou a exoneração do comandante da 18ª Companhia Independente de Polícia Militar, tenente-coronel Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos, em São José do Rio Claro. A medida ocorreu após o sargento Gabriel Castela cometer suicídio poucas horas depois de ter atirado e matado o colega de farda, sargento Willian Ferreira. Informações preliminares indicam que Gabriel Castella Cardoso estava detido no Batalhão e teria saído brevemente para ir até seu carro. Foi então que ele pegou uma arma, dirigiu-se à tropa que estava próxima a ele, despedia-se dos companheiros com um gesto de "tchau" e atirou contra a própria cabeça.
NOTA
Informamos conhecimento de Ata veiculada pela imprensa, cujo conteúdo infere ciência prévia de conflitos envolvendo militares mortos neste mês em São José do Rio Claro.
Tal documento, até o presente não reportado ao Alto Comando da PMMT, fora imediatamente encaminhado para a Corregedoria-Geral a fim de subsidiar abertura de novo procedimento.
Colocamo-nos, enquanto Comandante-Geral, à inteira disposição dos familiares e imprensa para todo esclarecimento suscitado, pois não coadunamos em nenhuma hipótese com qualquer tipo de ilegalidade.
Alexandre Mendes - Cel PM
Comandante-Geral da PMMT
Eder
Terça-Feira, 31 de Outubro de 2023, 12h28