Polícia Quarta-Feira, 16 de Abril de 2025, 12h:30 | Atualizado:

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TRIBUNAL

CV executou homem e deixou bilhete por ter estuprado a filha em MT

Ele foi "julgado e executado" pela facção após ser acusado de estupro

Da Redação

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A Polícia Civil, por meio da delegacia de Pedra Preta (245 km de Cuiabá), deflagrou, nessa terça-feira (15), a Operação Tribunal, que resultou na prisão dos suspeitos de envolvimento no homicídio de Miguel Ângelo da Silva Moreira, de 35 anos, e no sequestro e cárcere privado de seus três filhos, de 8, 11 e 13 anos. A ação faz parte da Operação Interpartes, iniciativa do Governo do Estado no combate às facções criminosas.

Os envolvidos no assassinato são integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV). Um deles, de 29 anos, apontado como autor do homicídio, afirmou ter cometido o crime a mando da facção, devido à denúncia sobre os supostos abusos da filha de 13 anos. 

Miguel Ângelo foi encontrado morto dentro de sua residência, em Pedra Preta, no dia 21 de março de 2025. O corpo apresentava marcas de ferimentos de faca no pescoço, e ao lado dele havia um bilhete com os dizeres: "Morri porque sou estuprador". 

No momento do crime, seus três filhos haviam desaparecido, o que causou preocupação entre os vizinhos. Uma moradora notou a ausência das crianças, que costumavam brincar na rua, e ao entrar na casa encontrou Miguel já sem vida. A polícia foi acionada imediatamente.

De acordo com as investigações conduzidas pelo delegado Edelviges Felipe Oliveira Neto, da Delegacia de Pedra Preta, Miguel Ângelo foi “julgado” e executado pela facção criminosa CV após ser acusado de abusar da filha mais velha, de 13 anos.

Os filhos de Miguel foram sequestrados na noite anterior ao homicídio e levados para Rondonópolis. Primeiro, eles foram mantidos em cárcere privado por uma mulher de 32 anos. Depois, foram entregues aos cuidados da mãe, onde estão até hoje.

Operação Tribunal

Durante a operação foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão com apoio das equipes da Delegacias de Itiquira e do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional de Rondonópolis.

A suspeita que ficou com as crianças após o sequestro foi presa em flagrante por tráfico de drogas, pois, no momento do cumprimento do mandado de busca e apreensão, na casa dela, os policiais encontraram um dos veículos utilizados no transporte dos menores, além de porções de maconha, uma balança de precisão, um rolo de plástico filme, R$ 194 em espécie e dois cadernos com anotações referentes ao tráfico de drogas. Três aparelhos celulares também foram apreendidos.

Polícia Civil destaca que a operação é mais uma resposta direta ao avanço das facções criminosas no interior do Estado. As investigações continuam com o objetivo de identificar outros possíveis envolvidos.

 





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