Polícia Quarta-Feira, 07 de Maio de 2025, 18h:34 | Atualizado:

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CASO HELOYSA

Ex-servidor convenceu filho matar ex-enteada e presenciou crime em Cuiabá

Ele simulou um roubo para executar mãe e filha

Da Redação

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Benedito-gustavo- caso heloysa

 

O crime que resultou na morte da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, 16 anos, no dia 22 de abril, em Cuiabá, teve motivação passional relacionada à mãe da vítima, concluíram as investigações conduzidas pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA). 

O inquérito policial que apurou os fatos foi concluído na última sexta-feira (2) com o indiciamento o padrasto da adolescente, Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, e seu filho, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, 18 anos, pelos crimes de feminicídio, roubo majorado, extorsão majorada, lesão corporal no âmbito doméstico e ocultação de cadáver.  Os dois menores J.V.P.B e J.L.F.G, de 16 e 17 anos, apreendidos por envolvimento nos fatos responderão pelos atos infracionais aos mesmos crimes. 

O delegado responsável pelas investigações, Marcos Sampaio, relatou que o inquérito foi concluído com base nas informações coletadas dentro do prazo de 10 dias, porém ainda faltam algumas perícias que conforme forem chegando os resultados, serão anexadas ao procedimento.  “Os elementos levantados, mesmo em um prazo tão curto para um caso tão complexo, são suficientes para o indiciamento dos suspeitos, tanto quanto autoria quanto pela motivação”, disse o delegado. 

As investigações apontaram que o padrasto da adolescente vivia em convivência conjugal com a mãe da menor desde janeiro deste ano, porém a relação era muito conturbada, o que levou ao fim do relacionamento. Por não aceitar o término do relacionamento, Benedito decidiu praticar o crime, simulando a situação de roubo com o fim de executar mãe e filha.

Posteriormente, ele convenceu o filho a participar da empreitada criminosa, que por sua vez, chamou os dois adolescentes, amigos seus de longa data, para atuar no crime. O delegado ressaltou que todos os envolvidos responderão pelos mesmos tipos penais uma vez que a decidirem praticar a conduta criminosa assumiram os riscos de que todos os fatos ocorressem. 

Violência sexual descartada

Heloysa-suellen

 

Em relação a possíveis crimes sexuais praticados contra a vítima, o delegado relatou que não ficou demostrado nas provas periciais a prática de abusos. Apesar de o laudo de necrópsia citar alguns indicativos de atos libidinosos, como equimoses e escoriações, não foi comprovado que teria sido praticado pelos investigados. 

“Foi coletado material biológico dos investigados e da vítima para confrontação, porém o resultado foi negativo para todos os suspeitos, não havendo indícios suficientes para imputar a eles possíveis crimes sexuais”, explicou o delegado. 

Em relação às agressões praticadas contra a mãe da adolescente, os suspeitos responderão por lesão corporal no âmbito da violência doméstica, embora a princípio a intenção seria a execução da vítima e o homicídio só não se consumou, uma vez que eles desistiram da ação. “Mesmo tendo oportunidade de chegar ao fim planejado, eles desistiram de tirar a vida da vítima, desta forma responderão até o momento dos atos praticados”, disse.

O caso

Segundo as investigações da DERFVA, o crime teve início no começo da noite de 22 de abril, quando o suspeito Benedito foi até a casa da namorada com seu veículo e levou os demais suspeitos, seu filho e dois colegas de escola. A vítima Heloysa foi assassinada dentro da casa, antes da chegada da mãe e com o padrasto ainda presente. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a adolescente teve múltiplas lesões pelo corpo, mas a causa da morte foi asfixia por estrangulamento, com um cabo de celular (USB).

Após o feminicídio da adolescente, o padrasto saiu da casa da namorada para atender um chamado de trabalho. Mas, segundo o delegado Guilherme Bertoli, titular da DERFVA, quando ele saiu da residência, ele já sabia que Heloysa estava morta. A mãe da adolescente demorou para ir para casa. Quando chegou, ela estava acompanhada de uma amiga e um bebê. O filho do namorado estava com o rosto coberto e não foi reconhecido. As duas mulheres foram levadas para um quarto e a mãe não viu a filha. Ela também foi brutalmente espancada. Já a amiga foi poupada por estar com um bebê no colo.

“A mãe demorou para chegar na residência. Os criminosos adentraram, renderam Heloysa e a mãe demorou para chegar na residência. Quando ela chegou, eles partiram para a agressão, ela não sabia que a filha já estava morta. Eles levaram ela para outro quarto e foi então que conseguiram sair com o corpo de Heloysa”, explicou o delegado Guilherme.





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Comentários (1)

  • Mãe

    Quarta-Feira, 07 de Maio de 2025, 21h09
  • 5 meses de relacionsmrnto e chsmam o assassjno de "padrasto"?????? Este vagabundo dexou o filho órfão mesmo estando vivo, talvez por isto e por já estar no DNA já estava virando bandido, e o pai terminou o serviço fazendo-o um assassino cruel. Acho que este bandido gistou foi de morar na casa arrumadinha da mãe desta menina. Que caos... Deus a abençoe. E aos assassinos e envolvidos prisão perpétua sem direito a visitas.
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