A ex-esposa do empresário Idirley Alves Pacheco, 40, preso pelo assassinato do ex-jogador da seleção brasileira de vôlei Everton Pereira Fagundes da Conceição, 46, detalhou em depoimento o dia do crime e garantiu que o acusado não sabia de seu envolvimento amoroso com a vítima. Ela detalhou ao delegado Caio Albuquerque que a arma usava para matar o ex-atleta era de uso pessoal do ex-marido.
O relato confronta a versão do suspeito, pois alegou que a arma era de Everton. Em entrevista ao Cadeia Neles, o delegado contou que a mulher precisou ser ouvida novamente e contou que Boi se ofereceu para ajudar na partilha de bens diante do fim do casamento.
Contudo, nos últimos dias, a relação se tornou mais íntima. “Segundo ela, há cerca de um mês que a vítima aparece no círculo familiar. Depois ele se dispõe a auxiliar na separação do casal, porém nos últimos dias, eles estavam em um relacionamento mais íntimo. Ela conta também que, pelo que ela percebeu, o ex-marido não sabia desse vínculo, já que ela estava esperando resolver sua situação com o ex-marido”, relatou o delegado responsável pelo caso.
Durante seu depoimento, ela detalhou que vivia em um relacionamento opressor desde os primeiros meses de casamento com o empresário. Ele não permitia que ela trabalhasse ou estudasse. “Mesmo assim ela dá seguimento na relação, mas depois afirma que não estava mais resistindo e decidiu por fim ao casamento e o avisa sobre sua decisão”, disse o delegado ao programa.
Alguns dias depois, ela recebeu a ligação do ex-marido. No telefonema, ele dizia que havia sido roubado e abandonado em um local ermo, mas ela não foi até lá, pois temia ser uma emboscada. “Ela disse que mandou a polícia, apresentou as ligações que fez e pediu para que um familiar fosse ao local. Ela fala que não tinha nenhum sinal de lesão nele e que não foi levado quase nenhum pertence. Inclusive, que o mesmo não havia feito boletim de ocorrência. Neste mesmo dia, ela vai à Delegacia da Mulher e pede uma medida protetiva”, explicou.
Em relação à arma, a testemunha contou que a vítima já havia combinado com o acusado de levar a caminhonete prata para uma espécia de esconderijo. Eles se encontram na casa da mãe da mulher, onde estavam uma Amarok prata e uma branca e assim que a vítima chega, assume a direção da caminhonete prata. “Ela detalha que o acusado senta ao lado de Everton na Amarok prata, mas, depois de alguns metros, há uma freada brusca. O ex-marido dela sai do carro, pega as coisas da filha do casal e leva para a Amarok branca. Quando ele está nessa segunda Amarok, do lado da ex-esposa, ela vê ele erguendo a camisa e sacando uma arma de fogo. Na sequência, ele volta para o carro em que estava a vítima, entra no banco de trás e já aponta a arma para a cabeça dele”, detalhou.
Depois disso, ela escuta a vítima gritar pedindo que ele não fizesse besteira e o veículo arranca em alta velocidade. “A mulher conta que a arma era de uso pessoal de Idirley. Uma arma que ele utilizava para realizar disparos em uma área rural. Com isso a gente prova que ele fazia uso dessa arma de fogo”, finalizou o policial.
A investigação segue e mais pessoas devem ser ouvidas. Outras diligências serão realizadas até a conclusão do inquérito.
Em depoimento, o empresário preso negou o crime passional e disse que matou por temer que a vítima e a ex ficassem com seus bens. Também disse que estava sendo extorquido pelo ex-jogador.
Conforme as investigações iniciais, Idirley armou a emboscada para executar o ex-jogador a tiros, dentro da caminhonete, na altura do posto Bom Clima, na avenida Dr. Hélio Ribeiro, no Residencial Paiaguás, em Cuiabá. Após desferir pelo menos 5 disparos contra a vítima, que conduzia a caminhonete Amarok do assassino, ele fugiu.
Baleada, a vítima perdeu o controle da direção, bateu em outro veículo e morreu ainda na caminhonete. Inicialmente, as investigações apontaram que o crime teria sido motivado por ciúmes do assassino em relação à ex-companheira, que estaria mantendo um relacionamento com a vítima.
Os 3 fazem parte do mesmo círculo de amizade e Everton inclusive estaria tentando apaziguar a situação entre o casal, já que a ex-mulher do assassino já teria pedido medidas protetivas contra ele por ameaças.
Na data do crime, Idirley atraiu o jogador pedindo que fizesse um favor a ele, para levar a caminhonete até um local específico. Embarcou com ele no veículo e em dado momento passou para o banco de trás, anunciando o suposto sequestro, que terminou em homicídio.
Maria
Quinta-Feira, 17 de Julho de 2025, 09h52Paulo
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Quinta-Feira, 17 de Julho de 2025, 09h35Rico de Esquerda
Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025, 17h53