Gilvânio dos Santos, de 27 anos, homem que matou o ex-patrão, o empresário Mário Martello Júnior, de 68 anos, em Cuiabá, após o homicídio roubou os cartões do idoso e usou cerca de R$ 1 mil do dinheiro para apostar no "jogo do tigrinho". A informação foi dada pelo delegado Bruno Abreu, em coletiva à imprensa, sobre a localização do corpo do idoso, ocorrida nesta terça-feira (3).
Ele estava debaixo de entulhos e embalagens no pátio de sua própria empresa, no bairro Jardim Industrial, já em avançado estado de decomposição. Segundo a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o empresário sofreu traumatismo cranioencefálico causado por golpes de martelo na cabeça. De acordo com Bruno Abreu, Gilvânio havia pedido demissão recentemente e teria premeditado o crime. "Ele tanto pode ter pegado uma pedra, que seria um objeto contundente, e dado na cabeça dele, como pode ter feito uma inversa", informou Abreu, durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta (4).
Ainda conforme o delegado, após o latrocínio, o suspeito utilizou o cartão da vítima para fazer compras na maquininha de débito da ex-companheira, que também chegou a ser presa, mas já foi liberada. As investigações mostram que ela não tem relação com a participação no homicídio, mas não foi prudente em verificar a origem do cartão que estava sendo utilizado. "Após o crime, ele fez um fato inusitado, que foi usar o celular da vítima para pedir dinheiro para parentes e amigos. Ele também usou o cartão da vítima para passar na maquininha de débito da ex-companheira, e utilizou o dinheiro para o jogo do tigrinho. R$ 1.050 ele usou para jogar no joguinho do tigrinho", emendou Abreu.
Antes de matar o ex-patrão, Gilvânio amarrou a vítima e a levou até uma área da empresa que é de difícil acesso. "A vítima estava viva. Ele deixou claro que a amarrou, colocou a vítima num carrinho, levou num lugar de dificil acesso na empresa e ao ver que a vítima ainda estava consciente, deixou claro para nós que tinha a intenção de matá-la", finalizou o delegado.
Equipes da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) receberam informações de que o suspeito havia utilizado o cartão de crédito da vítima e deram início às diligências. Mário Martello estava desaparecido desde domingo o último (1°). Um sobrinho dele procurou a Polícia Civil, informando que foi até a casa do tio e viu que o imóvel estava trancado e o carro não estava na garagem.
O idoso tinha uma empresa de reciclagem no bairro Jardim Industrial, onde também foi realizada uma busca, mas sem êxito. Porém, na tarde desta terça-feira, em nova varredura na empresa, policiais civis encontraram o corpo em um galpão.
Cidadão de bem
Quarta-Feira, 04 de Setembro de 2024, 15h34alexandre
Quarta-Feira, 04 de Setembro de 2024, 15h29